segunda-feira, 7 de março de 2016


SIMPLES OU COMPLEXO?

Um assunto relativamente SIMPLES, mas que gera discussões COMPLEXAS, ou seja, qual a diferença entre carboidratos SIMPLES e COMPLEXOS?

Em uma busca livre pela Internet, onde encontramos muita informação sobre alimentação e nutrição (não necessariamente informações confiáveis do ponto de vista técnico-científico). Selecionei dois textos e destaquei alguns trechos (letra maiúscula) que devemos discutir. Observe o primeiro texto abaixo:

“Como funciona a dieta do índice glicêmico? Ao consumir alimentos de alto índice glicêmico, a quantidade de açúcar no sangue aumenta, sendo necessário liberar maior quantidade de insulina para normalizar a glicemia. Essa situação sobrecarrega o pâncreas, ocasionando resistência à insulina e diabetes. Além disso, os níveis elevados de açúcar favorecem o armazenamento de gordura no corpo, favorecendo o aumento de peso. OS ALIMENTOS DE BAIXO ÍNDICE GLICÊMICO, QUE TAMBÉM SÃO CARBOIDRATOS COMPLEXOS, INCLUEM: ARROZ INTEGRAL, BATATA-DOCE, PÃO DE FORMA INTEGRAL E CEREAL EM BARRA. Estes são menos calóricos e tem mais fibras. Dessa forma, causam maior saciedade, auxiliando no emagrecimento. DEVEM SER EVITADOS OS CARBOIDRATOS SIMPLES, TAIS COMO: ARROZ BRANCO, BATATA-INGLESA, PÃO FRANCÊS, FRUTAS EM GERAL E TODOS OS SUCOS DE FRUTAS”. 

Percebeu os graves erros conceituais neste texto?

Veja um segundo texto, onde destaquei (letras maiúsculas) em alguns trechos:

“Lista com 20 carboidratos simples e complexos. Saiba qual a diferença entre carboidratos simples e complexos (...). Pra você que está fazendo uma dieta, seja para emagrecer ou pra ganhar massa muscular, saiba que entender os tipos de carboidratos é superimportante na hora de preparar a sua refeição (...). EXISTEM DOIS TIPOS DE CARBOIDRATOS: CARBOIDRATOS DE ALTO ÍNDICE GLICÊMICO (CARBOIDRATOS SIMPLES) E CARBOIDRATOS DE BAIXO ÍNDICE GLICÊMICO (CARBOIDRATOS COMPLEXOS). CARBOIDRATOS SIMPLES POSSUEM ALTO ÍNDICE GLICÊMICO e são absorvidos rapidamente pelo nosso organismo. Com isso, a taxa de glicose sobe e resulta em energia repentinamente. Este tipo de é perfeito para ser ingerido antes dos treinos para quem busca massa muscular. Mas se você busca emagrecer, evite (...), pois se você não queimar esta energia rapidamente ela se transformará em gordura. COM OS CARBOIDRATOS COMPLEXOS A ABSORÇÃO JÁ OCORRE DE FORMA MAIS LENTA. Por possuírem estrutura molecular mais complexa, a energia é liberada aos poucos. Para quem faz dieta para emagrecer, é recomendado os alimentos com carboidratos complexos”.

E agora, percebeu os erros conceituais novamente?

É absolutamente normal você passar os olhos em alguns textos de Sites e Blogs, achar interessante e informativo, mas devemos estar atentos aos erros conceituais básicos. Sendo assim, se você é um profissional nutricionista precisa alertar seu paciente ou cliente. Se você é estudante do curso de nutrição deve ter curiosidade sobre o assunto. Se você gosta de ler sobre alimentação e nutrição, deve buscar informações corretas com seu profissional nutricionista, evitando o Sr. GOOGLE ou Sra. WIKIPÉDIA. Enfim, vamos elucidar este assunto.

CLASSIFICAÇÃO DOS CARBOIDRATOS

SIMPLES versus COMPLEXOS

Os carboidratos podem ser classificados, quimicamente, em monossacarídeos, oligossacarídeos e polissacarídeos.

Os MONOSSACARÍDEOS são constituídos por uma (01) única molécula de aldeído ou cetona poliidroxilada ou, em outras palavras, são representados pela glicose (apelidado de “açúcar do sangue”), frutose (famoso “açúcar” das frutas e suco de frutas) e galactose (um componente derivado da hidrólise do leite e derivados), bem como ribose e desoxirribose (que participam da constituição dos ácidos nucleicos quando falamos em DNA e RNA).

Já os OLIGOSSACARÍDEOS são constituídos de duas (02) até dez (10) moléculas de monossacarídeos, onde se destacam os DISSACARÍDEOS, tais como a maltose dos grãos em germinação (glicose + glicose), a lactose ou “açúcar do leite” (glicose + galactose) e a sacarose ou “açúcar refinado” (glicose + frutose). Alguns autores consideram oligossacarídeos de dois (02) até seis (06) unidades de monossacarídeos, mas não é um consenso.

Por fim, POLISSACARÍDEOS possuem mais de dez moléculas de monossacarídeos, podendo chegar a centenas de monossacarídeos unidos. Neste caso se destacam o amido (reserva energética vegetal), o glicogênio (reserva energética animal), a celulose (componente estrutural da célula vegetal ou fibras dietéticas) e o glicocálix (componente estrutural da célula animal, ou seja, membrana plasmática).

Os carboidratos simples invadem rapidamente a corrente sanguínea e induzem a hiperinsulinemia (excesso de insulina no sangue). Os carboidratos complexos invadem lentamente a corrente sanguínea, induzindo menor secreção de insulina. Não farei aqui discussões da relação saúde-doença (onde poderia aproveitar os textos acima citados), mas apenas elucidar a proposta inicial: Qual diferença entre carboidratos simples e complexos? Para entender profundamente o tema saiba que existe outra classificação para carboidratos, que se refere ao ÍNDICE GLICÊMICO e CARGA GLICÊMICA DOS ALIMENTOS.

ÍNDICE GLICÊMICO E CARGA GLICÊMICA

Segundo Flávia Moraes Silva e colaboradores, em um estudo publicado em 2009 (Papel do Índice Glicêmico e da Carga Glicêmica na Prevenção e no Controle Metabólico de Pacientes com Diabetes Melito Tipo 2”, publicado pelo Arquivo Brasileiro de Endocrinologia e Metabologia, 53(5): 560-571, 2009), “o índice glicêmico (IG) é uma medida de impacto relativo entre o carboidrato presente nos alimentos e a concentração de glicose plasmática”. De acordo com Augustin e colaboradores (Glycemic Index in Chronic Disease: a review. European Journal of Clinical Nutrition 56, 1049-1071, 2002), índice glicêmico classifica o alimento conforme sua resposta glicêmica pós-prandial (ou seja, aumento do açúcar do sangue no estado alimentado). Em outras palavras, diz respeito a velocidade com que a glicose proveniente da digestão dos carboidratos alcança a corrente sanguínea, sendo em seguida retirado do sangue por ação do hormônio insulina. Todavia, embora a glicemia pós-prandial tenha íntima relação com a secreção de insulina, cabe lembrar que alguns aminoácidos também são insulinotrópicos (ou seja, aumentam a secreção de insulina).

O estudo de Flávia Moraes Silva e colaboradores de 2009 ainda esclarece: “o índice glicêmico (IG) é determinado pela relação entre a área abaixo da curva de resposta glicêmica duas horas após o consumo de uma porção do alimento teste e a área abaixo da curva de resposta glicêmica correspondente ao consumo de uma porção do alimento referência (com a mesma quantidade de carboidrato que a porção do alimento teste). O valor obtido nessa relação é multiplicado por cem (100) e o IG é expresso em porcentagem. Os alimentos que provocam maior aumento na resposta glicêmica apresentam elevado IG, enquanto aqueles que estão associados a uma menor resposta glicêmica têm valores menores de IG. O alimento usado como referência para comparação com outros alimentos no teste é a glicose”.

Por fim, no estudo de 2009 também encontramos a definição de carga glicêmica (CG). Vejamos o que dizem os autores: “A carga glicêmica (CG) quantifica o efeito total de uma determinada quantidade de carboidrato sobre a glicose plasmática, representando o produto do IG de um alimento pelo seu conteúdo de carboidrato disponível. O conceito de CG envolve tanto a quantidade como a qualidade do carboidrato consumido, o que a torna mais relevante do que o IG, quando um alimento é avaliado isoladamente. A melancia, por exemplo, tem um pequeno efeito nas concentrações plasmáticas de insulina e glicose, embora apresente um elevado IG (IG = 80%). Isso pode ser explicado pela pequena quantidade de carboidrato (a porção de 120 g contém 6 g de carboidrato disponível) que a melancia apresenta, o que a caracteriza como um alimento de baixa CG”.

Nesta mesma linha de raciocínio, um estudo publicado em 2007 (Moura C.M.A; Costa S.A.; Navarro, F. Índice Glicêmico e Carga Glicêmica: aplicabilidade na prática clínica do profissional nutricionista. Revista Brasileira de Obesidade, Nutrição e Emagrecimento 1(6): 01-11, 2007) destaca os resultados do índice glicêmico (IG) dos alimentos na concentração de glicose (glicemia) em termos de magnitude e tempo dos picos glicêmicos. Quer dizer:

ALIMENTOS COM ALTO ÍNDICE GLICÊMICO possuem uma resposta glicêmica entre 15 e 20 minutos pós-ingestão (> 70 IG);

ALIMENTOS COM MÉDIO OU MODERADO ÍNDICE GLICÊMICO possuem uma resposta glicêmica entre 30 e 40 minutos pós-ingestão (IG entre 56 e 69);

ALIMENTOS COM BAIXO ÍNDICE GLICÊMICO possuem resposta glicêmica entre 40 e 50 minutos pós-ingestão (< 55 IG).

Então, você está lembrado dos textos acima?
Creio que agora percebeu a confusão.
Entretanto, deixa-me justificar mais um pouco.

“NÃO CONFUNDA FOCINHO DE PORCO COM TOMADA”.

Os carboidratos podem ser classificados em monossacarídeos, oligossacarídeos (onde se destaca os dissacarídeos) e polissacarídeos. Os monossacarídeos e oligossacarídeos são carboidratos simples, enquanto que os polissacarídeos são carboidratos complexos, quimicamente falando. Todavia, os carboidratos também podem ser classificados quanto ao índice glicêmico (IG) e carga glicêmica (CG), onde temos alimentos de alto, moderado e baixo IG.

E DAÍ?

EU QUE PERGUNTO, PORQUE TANTA CONFUSÃO?

Carboidratos simples não são sinônimos de alto índice glicêmico. Da mesma forma que carboidratos complexos não são sinônimos de baixo índice glicêmico. Nos textos acima, extraídos livre e aleatoriamente da internet, também podemos observar outros erros conceituais, onde o arroz (mesmo sendo branco), as batatas (mesmo sendo inglesa) e o pão (mesmo não sendo integral) não são carboidratos simples, mas, sim, carboidratos complexos (polissacarídeos). O fato é: os alimentos podem ser carboidratos complexos (polissacarídeos), porém ter índice glicêmico (IG) rápido, moderado ou baixo.
Da mesma forma, uma grande parte dos carboidratos simples (quimicamente falando) possui alto índice glicêmico (IG), mas isso não pode ser considerado uma regra geral. Por exemplo, a maçã é um carboidrato simples (contém frutose), mas de baixo índice glicêmico (IG = 36). De maneira similar, a melancia, que é um carboidrato simples, possui elevado índice glicêmico (IG = 80%). E a melancia, ainda, tem pouco impacto sobre a insulinemia (concentrações de insulina), devido sua baixa carga glicêmica (apenas 6 g de carboidrato em 120 g de porção).

QUANTA CONFUSÃO, NÃO É MESMO?

Creio que não, basta ficarem atentos às terminologias aplicadas. Vejam que os carboidratos dos alimentos também podem ser classificados em sólidos (frutas) e líquidos (sucos) e porque ninguém confunde agora? (Quer dizer, espera-se que não haja confusão neste sentido).

VAMOS ESQUENTAR AINDA MAIS A DISCUSSÃO?

E agora o assunto começa a “pegar fogo”, especialmente quando observo uma propaganda de cereal em barra (sem citar nomes), que diz: “carboidrato complexo de lenta absorção e rico em fibras”. Como ele pode ser “complexo” contendo xarope de glicose, maltodextrina, mel e açúcar invertido? Como ele pode ser rico em fibras com tão pouca fibra? Neste sentido, procure os que dizem “sem adição de açúcar” ou que possuem grãos e frutas oleaginosas em sua composição, enriquecendo sua alimentação.

Outra preocupação é a classificação do famoso pão francês ou pão branco, que deveria ser um carboidrato complexo (polissacarídeo) de alto ou moderado índice glicêmico (IG), porém devido às prováveis variações em sua composição (excesso de açúcar em um pequeno pão de 50 g, por exemplo) em diferentes regiões do Brasil fica complicada sua classificação.

É igualmente interessante perceber que o estado do alimento ou sua preparação pode alterar o índice glicêmico (IG). Por exemplo, a banana verde possui muito amido e pouco açúcar, sendo, portanto, um carboidrato complexo. Já a banana bem madura possui mais açúcar do que amido, sendo basicamente um carboidrato simples, segundo Nancy Clark (Guia de Nutrição Desportiva. 2.ed. Porto Alegre: ArtMed, 1998). Quer dizer, o preparo do alimento para consumo também pode alterar o índice glicêmico (IG), onde a batata assada é um carboidrato complexo (polissacarídeo) com índice glicêmico elevado (IG = 85), mas a mesma batata cozida em água fervente ou micro-ondas tem índice glicêmico discretamente menor (IG = 80-82).

E se um carboidrato simples e de elevado índice glicêmico (IG) for ingerido com o almoço, sua “velocidade” também se altera? Sim, se consumido durante a refeição de almoço, muitas vezes rica em proteína, gorduras e fibras dietéticas, a “velocidade” tende a reduzir, devido processo digestivo como um todo. Quer dizer, a resposta glicêmica de um alimento glicídico sofre influência em relação a sua quantidade, modo de preparo e conteúdo administrado concomitantemente (proteína, gordura e fibras). 

PEGOU O “ESPÍRITO” DA DISCUSSÃO? Já vou finalizar com mais alguns exemplos:

O segundo texto aqui apresentado, extraído livremente da internet, chega a ser cruel, não é mesmo? Carboidratos de alto índice glicêmico (IG) foram tratados como sinônimo de carboidratos simples. Carboidratos de baixo índice glicêmico (IG) foram tratados como sinônimo de carboidratos complexos. Vou repetir minha explicação a fim de facilitar o entendimento. Quer dizer, a batata-doce e a batata inglesa são carboidratos complexos (polissacarídeos). Porém, a batata-doce possui moderado índice glicêmico, ou seja, é mais “lenta” (IG = 54-59) quando comparado à batata inglesa que é mais “rápida” (IG = 85), segundo a Tabela Internacional de Índice Glicêmico (IG) e Carga Glicêmica (CG) (Powell, K.F.; Holt, S.H.A.; MILLER, J.C.B. International Table of Glycemic Index and Glycemic Load Values: Am J Clin Nutr 76: 55-56, 2002). Já a melancia e a maçã são carboidratos simples (possuem frutose), porém a melancia é mais “rápida” (IG = 72) do que a maçã (IG = 36), segundo Nancy Clark no livro Guia de Nutrição Desportiva. 2.ed. Porto Alegre: ArtMed, 1998.

CONSEGUE PERCEBER O CUIDADO QUE DEVE TER NAS LEITURAS LIVRES PELA INTERNET?

QUE TAL UM RESUMO PARA NÃO ESQUECER?

São CARBOIDRATOS SIMPLES os alimentos abaixo:

Glicose
Dextrose (suplemento)
Maltodextrina (suplemento)
Gatorade (suplemento)
Açúcar de mesa (açúcar refinado)
Mel
Frutas (por exemplo: melancia, maçã, pêra e banana)
Suco de frutas (por exemplo, suco de laranja natural não adoçado e suco de caixinha adoçado)
Barra de cereal (se rico em açúcar, mel, maltodextrina e açúcar invertido)

São CARBOIDRATOS COMPLEXOS os alimentos abaixo:

Arroz branco
Arroz integral
Arroz parboilizado
Batata-doce
Batata inglesa
Pão francês (embora discutível, devido as diferentes composições)
Pão integral
Macarrão integral
Macarrão branco
Barra de cereal (se rico em grãos, frutas oleaginosas, fibras e sem adição de açúcar)

São ALIMENTOS DE ALTO ÍNDICE GLICÊMICO (> 70 IG) os listados abaixo:

IG = 100        Glicose
IG = 89-91     Gatorade (suplemento)
IG = 85          Batata inglesa assada
IG = 82-85     Batata-inglesa cozida em água
IG = 76          Suco de frutas de caixinha adoçado
IG = 72-80     Melancia
IG = 73          Mel
IG = 72          Pão francês
IG = 72          Cereal em barra tradicional
IG = 70          Tapioca, cozida a vapor
IG = 70          Pão integral 80% centeio

São ALIMENTOS DE MODERADO ÍNDICE GLICÊMICO (59-69 IG) os listados abaixo:

IG = 69          Arroz branco cozido
IG = 69-70     Pão de forma integral
IG = 67          Pão integral 100% farinha integral
IG = 66          Abacaxi
IG = 65          Açúcar refinado (sacarose)
IG = 60          Farelo de trigo
IG = 59          Batata-doce (para outros autores IG = 54)
IG = 54          Beterraba (geral, pois depende do preparo)

São ALIMENTOS DE BAIXO ÍNDICE GLICÊMICO (< 55 IG) os listados abaixo:

IG = 55          Arroz integral
IG = 55          Pipoca de micro-ondas (geral, pois existem vários)
IG = 54          Batata-doce (para outros autores IG = 59)
IG = 53          Suco de frutas natural não adoçado
IG = 52          Banana madura
IG = 46          Macarrão instantâneo
IG = 39          Suco de maçã não adoçado
IG = 36          Maçã
IG = 33-36     Pêra
IG = 32          Espaguete branco fervido em água
IG = 30          Banana verde
IG = 25          Uva (geral, pois existem vários tipos)

Os valores de índice glicêmico (IG) acima podem se alterar, dependendo da tabela utilizada, onde minha intenção foi apenas uma comparação didática, baseado nas tabelas do artigo publicado em 2002 (Powell, K.F.; Holt, S.H.A.; MILLER, J.C.B. International Table of Glycemic Index and Glycemic Load Values: Am J Clin Nutr 76: 55-56, 2002) e livros didáticos (Nancy Clark. Guia de Nutrição Desportiva. 2.ed. Porto Alegre: ArtMed, 1998). Aliás, neste livro tem um conceito interessante sobre este assunto:

"Hoje nós sabemos que o efeito de um carboidrato sobre o açúcar do sangue não pode ser determinado por ser um carboidrato simples ou complexo. Ao invés, é determinado por sua resposta glicêmica ou a habilidade do alimento em fornecer glicose à circulação sanguínea. A resposta glicêmica de uma comida é influenciada por muitos fatores, inclusive a quantidade de comida, conteúdo de fibras, quantidade de gordura somada, e seu modo de preparo”

Espero ter sido SIMPLES em minhas explicações, sem deixar o tema fugir de sua COMPLEXIDADE. No final, aquilo que era tão SIMPLES, na realidade, tornou-se uma COMPLEXA confusão nas redes sociais e, até mesmo, em sala de aula. Se eu continuar filosofando entre SIMPLES e COMPLEXO creio que vou me perder e, para tanto, melhor ADOÇAR a vida com um CARBOIDRATO de baixo, moderado ou alto índice glicêmico.

PROFESSOR E NUTRICIONISTA JOELSO PERALTA (CRN2 6561)