terça-feira, 19 de outubro de 2021

REGULAÇÃO DA INGESTÃO ALIMENTAR E IMPLICAÇÕES NA OBESIDADE

REGULAÇÃO DA INGESTÃO ALIMENTAR E IMPLICAÇÕES NA OBESIDADE

Olá, tudo bem? Demorei um pouco desde o último post, pois estava realizando algumas pesquisas interessantes sobre o funcionamento de nosso cérebro! Aproveitando o assunto, vamos falar sobre a regulação da ingestão alimentar e suas implicações nas doenças e, particularmente, na obesidade.

A ingestão alimentar é um fenômeno voluntário, ou seja, você recorre a busca de alimentos e ingere os mesmos por vontade própria. Contudo, será que o ato de comer é tão simples assim? Aliás, o que você anda selecionando para comer? Qual o volume de alimentos em seu prato? Como dispõe os alimentos em sua geladeira? Você tem regularidade nos horários das refeições? Qual intervalo entre suas refeições? Você consegue comer sem distrações ou come assistindo TV? Suas refeições são sozinhas ou na companhia da “comunidade” em mídias sociais através de seu smartphone? Você tem fome ou vontade de comer? Você come mais quando está ansioso ou irritado? Você come menos quando está triste ou deprimido? Você come mais ou menos quanto termina um relacionamento pessoal? Você come em excesso durante os encontros sociais? Você é o que você come? Sua alimentação pode estar melhorando ou prejudicando sua saúde? Entendo que são muitas perguntas e o ato de comer é um patrimônio alimentar, resultante de diversas culturas, mas deixo apenas uma pergunta para ser respondida hoje: como se dá a regulação da ingestão alimentar e quais suas implicações na obesidade? Todavia, antes de responder à pergunta, vamos para algumas definições importantes:

·    FOME: A fome é uma sensação fisiológica pelo qual nosso corpo percebe que necessita de alimentos (energia e nutrientes) para manter suas atividades inerentes à vida. O termo fome, portanto, é usado nos casos de desnutrição ou privação de comida entre as diferentes populações pelo mundo que são, infelizmente, privadas da alimentação como reflexo da pobreza (e de conflitos políticos).

·     APETITE: O apetite seria o desejo de comer algo, vontade de comer alguma coisa, alimentar-se por preferência. Quer dizer, o apetite implica o desejo por certos tipos de alimentos, o que pode ser bom ou ruim, dependendo da seleção frequente destes alimentos preferidos.

·       SACIEDADE: A saciedade seria o estado de satisfação completa em relação aos alimentos, plena satisfação do apetite ou, para alguns, o contrário da fome. Algumas pessoas se referem ao “estômago cheio” para falar de saciedade, mas na realidade existem aspectos fisiológicos e neurobiológicos envolvidos na saciedade.  

Outros termos surgiram com o passar dos anos, como fome hedônica, ambiente obesogênico e saciedade precoce.

·       A FOME HEDÔNICA seria um “comer emocional”, ou seja, as pessoas estariam se alimentando por estresse, ansiedade, situações emotivas e emocionais, motivadas por hábitos familiares ou circuito de amizades, enfim, relacionadas ao mecanismo de recompensa e prazer. O tratamento, aqui, pode ser bem complicado e depende de uma equipe multiprofissional. A fome, em sua terminologia clássica, portanto fisiológica, é para sobrevivência da espécie; enquanto que a fome hedônica não está relacionada a sobrevivência, mas é favorecida pelo ambiente obesogênico.

·      AMBIENTE OBESOGÊNICO são todos os fatores que contribuem para obesidade em um determinado ambiente, onde os alimentos vendidos em fast foods são exemplos, pois as estratégias de marketing incentivam a adesão de alimentos inadequados. Pensem, também, no ambiente obesogênico no contexto escolar, analisando o que as crianças e adolescentes ingerem no intervalo das aulas. Pensem no ambiente obesogênico entre os funcionários de uma empresa, que passam horas e horas sentados na frente do computador (muitas vezes em trabalho home office), comendo “porcarias”, pouco nutritivas. Pensem no ambiente obesogênico durante a pandemia de COVID-19, onde os alunos de graduação e pós-graduação passam a maior parte do tempo em aulas online (ambiente virtual), com acesso livre à refeição, muitas vezes pobres do ponto de vista nutricional.  Para maiores informações sobre a fome hedônica leiam: Phong Ching Lee, John B Dixon. Food for thought: reward mechanisms and hedonic overeating in obesity. Curr Obes Rep 6(4):353-361, 2017, disponível: <https://pubmed.ncbi.nlm.nih.gov/29052153/>; e Hisham Ziauddeen et al. Obesity and the neurocognitive basis of food reward and the control of intake. Adv Nutr 15;6(4):474-86, 2015, disponível: <https://pubmed.ncbi.nlm.nih.gov/26178031/>.

·       SACIEDADE PRECOCE é quando a pessoa se sente satisfeita antes mesmo de ingerir uma quantidade normal ou suficiente de alimentos, o que pode estar relacionado com doenças (gastrite, úlcera e câncer do trato gastrintestinal, por exemplo) ou transtornos alimentares (anorexia nervosa, por exemplo). Aliás, os transtornos alimentares (Anorexia e Bulimia) merecem um post no futuro.  

Dizia-se, até então, que o “centro da fome” está localizado no hipotálamo lateral, enquanto que o “centro da saciedade” está localizado no hipotálamo ventromedial. Dessa forma, qualquer lesão no hipotálamo lateral resultaria em menor ingestão alimentar (anorexia) e, por sua vez, qualquer lesão no hipotálamo ventromedial resultaria maior ingestão alimentar e, consequentemente, sobrepeso e obesidade. Todavia, o processo que pretendo apresentar aqui é muito mais complexo (que aliás faz parte de meus estudos no doutorado, junto ao PPG Farmacologia e Terapêutica da UFRGS), onde o hipotálamo tem um papel de destaque. Ao mesmo tempo, não podemos descartar os fatores ou estados emocionais e afetivos sobre a ingestão alimentar e fome hedônica, mas que não serão discutidos neste momento. Enfim, vejamos a regulação da ingestão alimentar do ponto de vista fisiobioquímico (adoroooo) e suas implicações na obesidade.   

HIPOTÁLAMO E CONTROLE DA INGESTÃO ALIMENTAR

O hipotálamo possui um papel central no controle da ingestão alimentar, onde o núcleo arqueado (ARC) do hipotálamo está diretamente envolvido e, portanto, merece nosso destaque. O ARC sofre ação de peptídeos anorexígenos, ou seja, peptídeos que inibem a vontade de comer. Entre estes peptídeos anorexígenos (inibitórios, portanto) podemos citar o pró-opiomelanocortina (POMC) e o transcrito regulado por cocaína e anfetamina (CART). Ao mesmo tempo, o ARC também sofre ação de peptídeos orexígenos, ou seja, aqueles que estimulam a vontade de comer. Neste caso, entre os peptídeos orexígenos (estimulatórios, portanto) podemos citar o neuropeptídeo Y (NPY) e a proteína relacionada ao gene Agouti (AGRP). Uma lesão no ARC, afetando os neurônios POMC, por exemplo, resultaria em hiperfagia (ingestão excessiva de alimentos) e obesidade.

Entretanto, como foi dito, o processo é muito complexo, embora extremamente fascinante. Quer dizer, existem outras regiões hipotalâmicas que recebem projeções neuronais do ARC e dos peptídeos anorexígenos (POMC/CART) e orexígenos (NPY/AGPR), tais como o núcleo paraventricular (PVN), o núcleo ventromedial (VMN), o núcleo dorsomedial (DMN) e a área hipotalâmica lateral (LHA). Estes centros não trabalham isoladamente, ou seja, existe uma grande “conversa” ou “diálogo” entre eles. Esse “diálogo”, por sua vez, também sofre influência hormonal (insulina, leptina e cortisol, por exemplo) e respondem aos níveis plasmáticos de glicose (glicemia) e ácidos graxos livres (AGL). Como assim, professor? Buenas, não conseguiremos discutir TUDO apenas neste “textão”, mas prepara-se, pois agora o “bicho vai pegar”.

A Equação do Equilíbrio Energético (EEE) diz que a manutenção do peso corporal depende do consumo de alimentos (consumo energético) versus o gasto energético. Em outras palavras, “se você comer mais e gastar menos, obviamente, vai ganhar peso” (com sobrepeso e, porventura, obesidade). Ao mesmo tempo, “se você comer menos e gastar mais, obviamente, vai perder peso” (com emagrecimento e, porventura, desnutrição). É importante, contudo, conhecer as variáveis do consumo e do gasto energético, o que permite adequação do plano alimentar e do exercício físico. As variáveis do consumo energético incluem o cardápio diário (existem inúmeros inquéritos alimentares para investigar essa relação, tais como o recordatório de 24 horas, o questionário de frequência de consumo alimentar - QFCA e o histórico dietético habitual), o cardápio do final de semana (que para alguns parece começar na sexta-feira e só termina na segunda-feira, rs), o ato de beliscar entre as refeições (que pode ser a “pedra do sapato” de muitos pacientes), a ingestão bebidas alcoólicas (que pode “afundar” qualquer plano dietético previamente elaborado) e o uso de recursos ergogênicos nutricionais (o uso e o abuso de suplementos esportivos geralmente é ignorado, o que torna-se um “problemão”). Claro, embora não faça parte do consumo energético, a interação fármaco-nutriente deve ser considerada, pois alguns medicamentos podem interferir no estado nutricional dos pacientes, alterando, por exemplo, a absorção e a metabolização de nutrientes. Já as variáveis do gasto energético incluem a taxa metabólica basal (TMB), a termogênese da dieta (este é um item controverso, mas deixarei para outro post), o nível de atividade física de uma pessoa (sedentário, iniciante, intermediário, avançado ou atleta), a composição corporal do indivíduo (mais ou menos músculos, mais ou menos gordura corporal, por exemplo) e a idade do mesmo (infância, adolescência, adultos e idosos). Um desbalanço ou desequilíbrio nessa equação (EEE), como podemos imaginar, conduz ao ganho ponderal (o que chamamos de Balanço Energético Positivo - BEP) ou perda ponderal (neste caso, temos o Balanço Energético Negativo - BEN). Sendo assim, se temos fome (usaremos o termo inglês HUNGER), vamos atrás do alimento, obviamente. Se temos saciedade (usaremos o termo SACIETY), vamos recusar a ingestão alimentar, obviamente. Entendido? Beleza, então continue lendo.

O ARC do hipotálamo e, consequentemente os neurônios POMC/CART (que enviam sinais sacietogênicos) e NPY/AGRP (que enviam sinais de fome), sofrem ação de inúmeros agentes anorexígenos e orexígenos que atravessam a barreira hematoencefálica (BHE) e interagem com receptores específicos. Os neurônios POMC, por exemplo, são ativados por estímulos inibidores da ingestão ou agentes anorexígenos, tais como a-melanocortina (a-MSH), CART, leptina, insulina, 5-hidroxitriptamina ou serotonina (5-HT), norepinefrina (NE), hormônio liberador da corticotrofina (CRF), colecistoquinina (CCK), peptídeo similar ao glucagon (GLP1) e peptídeo YY (PYY). Com base nisso, ocorre liberação de a-MSH do ARC, que é um agonista dos receptores 3 e 4 de melanocortina (MC3R/MC4R) no núcleo paraventricular (PVN), inibindo, assim, o comportamento de se alimentar (saciedade). Em outras palavras, ocorre redução da ingestão alimentar (aumento da saciedade).

Por outro lado, existem inúmeros agentes orexígenos (estimulatórios da ingestão alimentar) que atuam sobre os neurônios NPY/AGRP no ARC hipotalâmico e acabam aumentando a fome. Entre estes agentes podemos citar: grelina, cortisol, hormônio concentrador de melanina (MCH), orexinas (hipocretinas), endorfinas, galanina, glutamato (Glu) e o ácido g-aminobutírico (GABA). Com base nisso, são liberados NPY e GABA pelo ARC, que interagem com o PVN. Ou seja, NPY são reconhecidos por receptores Y1R/Y5R, enquanto que GABA são reconhecidos por receptores GABAa/GABAb, o que acaba estimulando o comportamento de se alimentar (fome). Ao mesmo tempo, projeções dos neurônios NPY/AGRP podem inibir os receptores MC3R/MC4R no PVN, favorecendo, novamente, a fome. Por fim, os neurônios NPY/AGRP podem inibir diretamente os neurônios do POMC, impedindo, dessa forma, uma sinalização de saciedade (favorecendo a fome).

Existem, contudo, outras interações possíveis (que não serão abordadas aqui, mas cabe o destaque aos interessados), envolvendo projeções dos neurônios NPY/AGRP sobre o núcleo paraventricular (PVN), afetando o hormônio liberador da tireotrofina (TRH), ocitocina (OCT) e hormônio liberador da corticotrofina (CRF, que muitas vezes também chamado de CRH). E não acabou uma vez que as projeções NPY/AGRP podem atingir o núcleo ventromedial (VMN), afetando o fator neurotrófico derivado do cérebro (BNDF); a área hipotalâmica lateral (LHA), afetando a orexina e MCH; e o núcleo dorsomedial (DMN), afetando a-MSH e NPY.

Nesse ponto da conversa, você já deve ter notado a complexidade da regulação da ingestão alimentar, mesmo que seu ato de comer seja, aparentemente, voluntário. Para facilitar o entendimento (ou não), podemos dizer que existe uma regulação de curto e de longo prazo da ingestão alimentar.

REGULAÇÃO DE CURTO E DE LONGO PRAZO DA INGESTÃO ALIMENTAR

A regulação de curto prazo da ingestão alimentar envolve os peptídeos do trato gastrintestinal (TGI), que são liberados antes e depois das refeições. Por exemplo, a grelina é um hormônio produzido pelo estômago (mas também intestino, hipotálamo e placenta) que surge 20 a 30 minutos antes da refeição (período pré-absortivo) e atua como ligante endógeno no receptor do secretagogo do GH (GHS) no hipotálamo. A grelina é agente orexígeno (estimulatórios da ingestão alimentar), que age diretamente no PVN ou, indiretamente, via NPY/AGRP com inibição POMC. Alguns autores também destacam que a grelina aumentaria a secreção do hormônio do crescimento (GH), mas aí já entraríamos em outra discussão. Aliás, os peptídeos do TGI, que influenciam a ingestão e a recusa de alimentos são inúmeros (CCK, GLP-1, PYY, entre outros), liberados pelo intestino, e no período pós-prandial (estado alimentado). 

A regulação de longo prazo da ingestão alimentar, por sua vez, depende dos estoques energéticos corporais, particularmente a quantidade de gordura corporal armazenada. Este assunto você já entende, pois falamos anteriormente do HUNGER versus SACIETY. Quer dizer, quando os estoques energéticos estão baixos (na magreza ou desnutrição, por exemplo), nosso organismo “dispara” estímulos de sobrevivência para a buscar alimentos e preservar a energia armazenada. É óbvio que estes estímulos podem estar alterados na anorexia e bulimia nervosa (o que merece outro post, como já dito). Cabe lembrar, também, que a fome (hunger) é diferente do apetite (leia o início deste texto). De qualquer forma, no “hunger” temos uma necessidade energética para sobreviver, enquanto que no apetite o indivíduo tem a vontade de comer, o que pode ter influência da mídia digital na seleção do que comer (preferência alimentar). Do contrário, quando os estoques de gordura corporal estão repletos (cheios), ocorre supressão da fome, ou seja, ocorre saciedade (saciety).

INGESTÃO ALIMENTAR E IMPLICAÇÕES NA OBESIDADE

O hipotálamo, além de sua complexa rede de regulação envolvendo sinais orexígenos (de fome) e anorexígenos (de saciedade), também pode detectar alterações de nutrientes na circulação para ajustar a ingestão alimentar. Por exemplo, as concentrações elevadas da glicose (hiperglicemia e, consequentemente, hiperinsulinemia) refletem a situação pós-prandial (estado alimentado) em que a energia está disponível. Ao mesmo tempo, nosso organismo consegue reconhecer os níveis circulantes de ácidos graxos livres (AGL) e alguns aminoácidos (leucina e glutamato, por exemplo), que atuam como sinalizadores ao hipotálamo. Além disso, as situações de estresse ambiental e nutricional (incluindo depleção energética, hipoglicemia e jejum) ainda ativam a proteína quinase dependente de adenosina monofosfato (AMPK), que levaria um aumento da ingestão alimentar e do peso corporal. AMPK pode estimular NPY/AGRP no ARC do hipotálamo, enquanto reduz/inibe POMC, induzindo, dessa forma, a procura pela alimentação (aumenta a ingestão de alimentos). Mas, professor, quais são as implicações deste complexo sistema na obesidade? Beleza, já vamos finalizar.

Sabemos que a inflamação está presente no paciente obeso (obesidade é uma doença inflamatória de baixo grau) e pode interferir direta ou indiretamente no controle da ingestão alimentar (para maiores informações, leiam meu post do dia 11/09/21, cujo título é: OBESIDADE E COVID-19). O tecido adiposo branco (TAB), além de suas funções no armazenamento e mobilização de ácidos graxos derivados dos triglicerídeos (TG) armazenados, possui uma função endócrina e inflamatória. Quer dizer, os adipócitos hipertrofiados na obesidade sofrem infiltração por macrófagos do tipo 1 (M1), os quais secretam citocinas pró-inflamatórias e espécies reativas de oxigênio (ROS, reactive species oxygen). Entre os biomarcadores inflamatórios destacamos a interleucina 1b (IL-1b), a interleucina-6 (IL-6), o fator de necrose tumoral-a (TNF-a) e a proteina C reativa (PCR). Já entre os ROS, destacamos: o radical superóxido (O2-·), o peróxido de hidrogênio (H2O2) e o radical livre hidroxil (OH·). As citocinas pró-inflamatórias e ROS comprometem a sinalização hipotalâmica relacionada a procura e recusa alimentar, ou seja, compromete toda a sinalização complexa (e fascinante) descrita anteriormente.

Além disso, os adipócitos hipertrofiados na obesidade (agora “anormais” em relação aos demais adipócitos), secretam hormônios e, alguns destes, podem favorecer o problemático quadro da obesidade. Por exemplo, a resistina (um hormônio peptídeo rico em cisteína) favorece a resistência periférica à insulina (RPI), que é uma característica comum no paciente obeso com diabetes mellitus tipo 2 (DM2). A inflamação, por sua vez, perturba a sinalização da insulina e da leptina no hipotálamo, favorecendo a hiperinsulinemia e hiperleptinemia. A visfatina, também secretada pelos adipócitos hipertrofiados, aumenta a secreção de insulina, porém já temos a RPI, o que pode ser um problema. Todavia, visfatina também possui atividade antiapoptótica e regulatória da inflamação, que poderia ser um biomarcador de interesse no diagnóstico e prognóstico na área clínica. A adiponectina teria um papel anti-inflamatório e capaz de reduzir a RPI, porém sua secreção está reduzida em muitos pacientes com obesidade.

Certamente as causas da obesidade são inúmeras e algumas estão relacionadas à má alimentação, sedentarismo e estresse da vida cotidiana. Todavia, com certeza as perturbações na regulação hipotalâmica da ingestão alimentar estão entre as mais complexas de entendimento e novas terapêuticas para a epidemia de obesidade deveriam considerá-las como um campo promissor de estudo.

Espero que este texto tenha sido esclarecedor. E, se compartilhar, não esqueça de citar a fonte PeraltaNUTRI, caro amiguinho(a).