É POSSÍVEL RETARDAR O PROCESSO DE ENVELHECIMENTO HUMANO COM MODULAÇÃO
HORMONAL?
JOELSO PERALTA, Nutricionista, Professor, Palestrante, Mestre em Medicina:
Ciências Médicas e Doutorando: PPG Farmacologia e Terapêutica - UFRGS.
Olá pessoal, tudo bem? O envelhecimento humano é um processo natural e
irreversível, que é acompanhado por alterações morfofisiológicas que levam a
progressiva diminuição da capacidade física e orgânica, o que torna o indivíduo
mais suscetível às doenças. O processo não ocorre do dia para a noite, pois é
lento e gradual. Em outras palavras, todos nascem, crescem, se tornam adultos,
envelhecem e morrem. Alguns diriam: “A única certeza da vida é a morte”. Creio
que isso não é novidade para ninguém, não é mesmo? E se eu te falar que existem
pessoas que discordam, ou seja, acreditam que podemos retardar, atrasar, desacelerar
o processo de envelhecimento através da modulação hormonal, o que você
pensaria? Impossível? Insensato? Possível? Visionário? Revolucionário? Pois
bem, essa é a reflexão para este post. Espero que gostem e lembrem-se: a
ciência não existe para te agradar, mas para aproximar as pessoas dos fatos,
sejam eles bons ou ruins.
FATO #1
Um estudo
publicado em 2002, destacou que existem inúmeras teorias para explicar o
envelhecimento: teoria com base genética
(efeitos somáticos ao DNA); teoria com
base em danos de origem química (ação de radicais livres e inflamação), teoria com base no desequilíbrio gradual
(incluindo desordens imunitárias e neuroendócrinas) e teoria com base na restrição calórica e desgaste orgânico (Leia: Paulo
de Tarso Veras Farinatti. Teorias biológicas do envelhecimento: do genético ao
estocástico. Rev. Bras. Med. Esporte 8(4): 129-138, 2002). Farei um outro post
sobre as Teorias do Envelhecimento Humano, mas no momento cabe dizer que o
envelhecimento pode ser algo acidental, aleatório, ao acaso, que ocorre
intracelularmente. Dessa forma, os danos moleculares se acumulam, causando a
desgaste e deterioração do corpo humano e, consequentemente, correspondendo com
o envelhecimento. Todas as teorias citadas podem, portanto, estarem
interligadas. Outros, contudo, defendem que o envelhecimento é geneticamente
programado, embora sofra influência do meio ambiente. Na realidade, existem muitos
caminhos possíveis para explicar o envelhecimento, mas o “pessoal” da Medicina
Anti-Aging (medicina antienvelhecimento) acredita que pode retardar o
envelhecimento humano corrigindo as alterações neuroendócrinas (por exemplo,
falência do eixo hipotálamo-hipófise-gonadal) que ocorrem na senescência. Portanto,
vamos ao Fato 2.
FATO #2
O
“pessoal” da Medicina Anti-Aging alega
que são defensores de uma medicina
preventiva e integrativa, que se dedica à promoção da qualidade de vida e
da longevidade, onde o indivíduo deve ser visto como
um todo complexo e interligado com a vida de relação. Dessa forma, estes
profissionais (médicos) se dedicam em detectar, prevenir e tratar
antecipadamente os sinais e sintomas do envelhecimento humano. Segundo eles, o
envelhecimento é acompanhado por problemas de saúde ou doenças que podem ser
identificados antecipadamente e, quando tratados, podem proporcionar melhor
qualidade de vida e longevidade. Além disso, acreditam que falência do eixo
hipotálamo-hipófise-gonadal pode ser interrompida ou retardada com reposição ou
modulação hormonal. A terapia de reposição hormonal (TRH) visa repor os
hormônios que se perdem com o passar dos anos, ou seja, trata-se de uma ação
corretiva que visa normalizar os hormônios deficitários. A modulação hormonal,
por sua vez, visa equilibrar ou aumentar as taxas hormonais com a utilização
isolada ou combinada de hormônios (sintéticos e bioidênticos) associada aos
inúmeros procedimentos “anti-aging” (bastante questionáveis, mas não para este
post): dieta detoxificante e suplementação nutracêutica funcional; suplementação
de aminoácidos, vitaminas e minerais; exercício físico; e controle do estresse
(meditação, acupuntura, auriculoterapia,
yoga, Tai Chi, Qi Gong, etc.). De acordo com seus adeptos da medicina alternativa, nos países
desenvolvidos a medicina anti-aging tem grande aceitação e, no Brasil, está
sendo atacada por interesses das indústrias farmacêuticas para tratar doenças. E,
finalizam: a BigPharma só visa lucros exorbitantes com seus medicamentos
patenteados e, por isso, são contrários a medicina anti-aging para promoção de saúde
e longevidade. Peraí, você precisa ler o Fato 3.
FATO #3
O Conselho
Federal de Medicina (CFM) diz que faltam evidências científicas que justifiquem
a prática da chamada Medicina Anti-Aging (antienvelhecimento). Aliás, a
medicina anti-aging ou antienvelhecimento não é uma especialidade reconhecida
pelo CFM e sua prática por médicos brasileiros pode sofrer sanções da lei,
devido Resolução CFM Nº 1999 de 27/09/2012. Segundo resolução CFM 1999/2012, “a
falta de evidências científicas de benefícios e os riscos e malefícios que
trazem à saúde não permitem o uso de terapias hormonais com o objetivo de
retardar, modular ou prevenir o processo de envelhecimento”. Ainda, segundo
resolução, “são vedados no exercício da Medicina, por serem destituídos de
comprovação científica, o uso e divulgação dos seguintes procedimentos da
chamada medicina antienvelhecimento: tratamentos baseados na reposição,
suplementação ou modulação hormonal com os objetivos de prevenir, retardar,
modular e/ou reverter o processo de envelhecimento; prevenir a perda funcional
da velhice; prevenir doenças crônicas e promover o envelhecimento saudável”. E,
continua: “a prescrição de hormônios conhecidos como ‘bioidênticos’ para o
tratamento antienvelhecimento, com vistas a prevenir, retardar e/ou modular
processo de envelhecimento, prevenir a perda funcional da velhice, prevenir
doenças crônicas e promover o envelhecimento saudável é vedado no exercício da
Medicina”. De acordo com os adeptos da medicina convencional é impossível
interromper ou desacelerar o ciclo natural da vida, onde as pessoas estão
usando o termo “antienvelhecimento” de forma equivocada. Quer dizer, as pessoas
estão confundindo a promoção do bem-estar e da qualidade de vida com a
interrupção ou desaceleração do envelhecimento humano. E, finalizam: vocês
criticam a BigPharma, dizendo que são “indústrias da doença”, mas prescrevem
hormônios (sintéticos e bioidênticos) obtidos pela indústria farmacêutica. Ao
mesmo tempo, vocês criticam os “lucros desenfreados” das indústrias, mas
prescrevem suplementos alimentares e manipulados sem qualquer comprovação
científica, faturando alto em seus consultórios particulares com a ignorância
de seus pacientes. Bah, leia o Fato 4.
FATO #4
Buenas,
agora que conhecemos os argumentos de ambos os lados (medicina convencional ou
tradicional versus medicina
preventiva, integrativa ou alternativa. Confuso? Pois
é, pensava que a Medicina era apenas Medicina, rs), precisamos identificar um
marcador biológico, que pode ser mensurável, para predizer que o tratamento X
ou Y retardou o envelhecimento humano.
Primeiro,
você não pode medir o envelhecimento “apenas” pela
presença de cabelos brancos, rugas no rosto ou pele flácida. Afinal, conhecemos
pessoas jovens que já possuem cabelos brancos, capitche? Ao mesmo tempo, as
rugas e linhas de expressão tem relação com predisposição genética e fatores exógenos
(exposição solar, falta de hidratação da pele, tabagismo, perda ou ganho de
peso, poluição, herbicidas, produtos químicos, etc.), capitche? Também não
podemos medir o envelhecimento “apenas” pela redução nas taxas hormonais
(estrogênio, testosterona, DHEA, T3/T4, GH e IGF1), pois alterações hormonais
também ocorrem em pessoas jovens (hipotireoidismo, obesidade, anorexia nervosa,
câncer com quimioterapia, anormalidade genéticas, disfunção da glândula
pituitária ou hipotálamo, insuficiência renal crônica, traumatismo na bolsa
escrotal ou retirada dos testículos em homens, infecção pelo HIV/AIDS, etc.),
capitche? Embora os níveis de estrógenos e testosterona estejam reduzidos no
climatério/menopausa e andropausa (Distúrbio Androgênico do Envelhecimento Masculino,
DAEM), respectivamente, os altos níveis hormonais em atletas e fisiculturistas
não garantem a “vida eterna”, capitche?
Segundo, os japoneses possuem a maior expectativa de vida mundial (86
anos), onde também encontramos centenários e supercentenários (pessoas acima dos 110 anos), que representam
a máxima expressão da longevidade humana. Por acaso, os franzinos japoneses
estão repondo ou modulando seus hormônios, capitche? Vejam, a expectativa de
vida na Serra Leoa, na África, é de apenas 44 anos, capitche, agora? Além
disso, a mortalidade infantil no Japão é menos de 3%, enquanto que em Chade, na
África, é de 127%; e no Afeganistão, na Ásia, é de 161%, capitche, finalmente?
Em suma, existem outros fatores relacionados a longevidade do que,
simplesmente, repor ou modular hormônios. Lembre-se, quando estudamos as Zonas Azuis (Blue Zones), que são locais no mundo onde as
pessoas são mais longevas (Sardenha, na Itália; Ilha de Okinawa, no Japão; Loma
Linda, Califórnia-EUA; Pensínsula de Nicoya, na Costa Rica; e Icária, na Grécia),
ultrapassando a marca de 100 anos de idade, entre os fatores estudados
responsáveis pela longevidade não está a reposição ou modulação hormonal (Obs.:
As Blue Zones merecem outro post). Tá, leia o último Fato 5.
FATO #5
Finalmente,
o que dizem os estudos? Existe um marcador biológico mensurável para predizer o
envelhecimento? Não basta você me falar que usou o hormônio X ou Y e parece
envelheceu menos, pois avaliações subjetivas e repletas de viés não tem
validade aqui. Aliás, opinião pessoal, mesmo que você seja “expert” em
endocrinologia, tem pouca ou nula evidência científica aqui. Vejamos, portanto,
o que dizem os estudos.
Em 2012, um estudo abordou a “Lei da Mortalidade” ou “Lei de Gompertz”,
de 1825, que dizia que o envelhecimento poderia ser explicado matematicamente (Sitientibus
Série Ciências Físicas 08: 1-10, 2012). Não quero discutir as equações matemáticas
de Benjamim Gompertz (1779-1865), mas apenas conceituar a ideia de mortalidade.
Para Gompertz, a mortalidade nos seres humanos depende das forças da natureza
(portanto, forças intrínsecas decorrentes dos processos fisiopatológicos nos
indivíduos) e de fatores extrínsecos (ou seja, óbitos em virtude de acidentes,
desastres naturais, predadores, assassinatos, suicídios, envenenamento, etc.).
Em outras palavras, a resistência de uma pessoa à morte diminui à medida que a
pessoa envelhece, o que parece bastante lógico. Quando ficamos mais velhos,
estamos sujeitos as enfermidades e complicações de saúde e, um dia, morreremos.
Todavia, e se você morrer jovem, em virtude de uma doença, acidente de trânsito
ou briga durante um assalto? Essa lei, então, foi reformulada por William
Matthew Makeham, em 1860, que era um analista de riscos financeiros (o que
lembra algumas cláusulas em plano de saúde). Agora a lei passou a ser chamada
de “Lei de Gompertz-Makeham”, porém o problema permaneceu: embora o risco de
morte aumente com a idade, obviamente, não é possível estabelecer um limite
natural para a vida humana. Não podemos saber se uma pessoa vai viver mais ou
menos, tão pouco saber quando uma pessoa vai morrer. Essa lei também não
explica como poderíamos interromper ou desacelerar o envelhecimento humano. Continuamos,
portanto, nossa investigação.
Em 2017, outro estudo relatou que é “matematicamente impossível
interromper o envelhecimento”, onde algumas células inevitavelmente perderão
suas funções, enquanto outras irão acumular mutações potencialmente perigosas
(sim, você pode ter um câncer) (Intercellular competition and the inevitability
of multicellular aging. Proc Natl Acad Sci USA 5;114(49):12982-12987, 2017).
Não vamos discutir matemática aqui, mas conceitualmente este estudo não
identifica um biomarcador, possivelmente mensurável, para analisar se o
tratamento X ou Y pode retardar o envelhecimento humano. Só resta, portanto, continuar a investigação.
Em 2019, um documentário do Netflix chamado “Seleção Artificial” me
deixou bastante atento, preocupado, perplexo, sei lá como definir (rs). No
documentário, algumas pessoas (chamadas biohackers,
ou seja, hackers da própria biologia) utilizavam a técnica de edição epigenética
chamada Clustered Regularly Interspaced
Short Palindromic Repeats (CRISPR, Repetições Palindrômicas Curtas
Agrupadas e Regularmente Interespaçadas) para “cortar” o DNA e, até mesmo,
promover rearranjos genômicos com promessas de curar doenças (AIDS, por
exemplo) ou criar seres que não existem (animais que brilham no escuro, sério,
rs). Outros biohackers queriam,
simplesmente, mostrar que é possível manipular genes para extinguir uma
população inteira (por exemplo, insetos e ratos de uma determinada região ou
país). Existiam, obviamente, os biohackers
mais “radicais” (redundante, pois eles são demasiadamente radicais) que
queriam criar seres humanos perfeitos no sentido do desempenho esportivo, ou
seja, selecionando os melhores genes para um alto rendimento no esporte. O documentário
também mostrou médicos que prometem terapias genéticas para que os pais,
futuramente, pudessem selecionar a cor de cabelo e olhos de seus filhos, bem
como a tonalidade da pele (Peraí, isso não te parece supremacia “maluca” do
partido nazista de Hitler?). Enfim, o documentário é bastante perturbador, pois
muitos biohackers faziam seus
experimentos literalmente no “fundo do quintal”, sem qualquer controle
sanitário, sem qualquer segurança biológica, sem qualquer aprovação por um Comitê
de Ética e Pesquisa (CEP), sem qualquer equipe de multiprofissionais, sem
qualquer pessoa com mestrado, doutorado e pós-doutorado na área de pesquisa. Este
documentário, que parecia um filme do X-Man com seus “superpoderes”, também não
respondeu nosso questionamento. Continuamos.
Em 2022, finalmente, saiu um estudo interessante que pode responder
nossa pergunta (A pan-tissue DNA-methylation epigenetic clock based on deep learning.
Japanese Society of Anti-Aging Medicine 8:4, 2022). O estudo relatou ser
possível medir o processo de envelhecimento observando a metilação e
desmetilação do DNA nuclear.
Explicando melhor de forma “hiper” resumida:
O Dogma Central da Biologia Molecular, proposto com Francis Crick em
1958, diz: “O DNA dirige a sua própria replicação e sua transcrição para
produzir RNA, o qual dirige a sua tradução para formação de proteínas”. Em
outras palavras, nosso DNA (ácido desoxirribonucleico) pode se replicar para
dar origem a novas moléculas de DNA e pode ser transcrito para RNA (ácido
ribonucleico), isto é, ocorre transferência de informações codificadas do DNA
ao RNA. O RNA, por sua vez, traduz o código genético em proteínas específicas. Neste
sentido, a transcrição gênica é um processo nuclear (onde as informações do DNA
são repassadas ao RNA) e a tradução gênica é um processo citoplasmático (onde
as informações do RNA dão origem as proteínas específicas recém-sintetizadas). Nosso
DNA é um composto orgânico que contém nossas informações genéticas, sendo
formado por nucleotídeos. Cada nucleotídeo é formado por uma molécula de ácido
fosfórico (P), uma pentose (“açúcar”) e uma base nitrogenada. As bases
nitrogenadas do DNA podem ser bases purínicas (ou seja, contém A = adenina; e G
= guanina) e bases pirimídicas (ou seja, C = citosina; e T = timina). O DNA
está localizado no núcleo celular. Quer dizer, as bases nitrogenadas do DNA
podem ser AGCT. Nosso RNA, por sua vez, que é sintetizado a partir do DNA,
possui nucleotídeos A (adenina), G (guanina), C (citosina) e U (uracil), mas
não possui T (timina).
Agora, a metilação consiste em adicionar grupamentos metila (um átomo de
carbono ligado em três hidrogênios, devido sua tetravalência) a base citosina (C)
do DNA, o que pode interromper a transcrição gênica, “silenciar” genes, regular
funções proteicas e metabolismo do RNA. Em resumo, quando uma parte de um gene
está metilado ele “desliga”; e quando está desmetilado ele “liga”. É um
verdadeiro processo de “liga-e-desliga” em nossas células. Sendo assim, as sequências
do DNA sem metilação (ou desmetiladas) são transcritas ativamente. Porém, com o
passar dos anos (envelhecimento), os genes que deveriam ser “desligados”
(metilados) simplesmente são “religados”, levando às doenças. Os pesquisadores,
portanto, queriam saber através de seus modelos experimentais matemáticos (biologia
computacional comparando ElasticNet e AltumAge), em 142 estudos publicados com tecidos
humanos, se poderiam medir esse “ligar” e “desligar”.
E quais foram os resultados?
Sim, o processo de metilação do DNA pode ser medido, cujo margem de erro
com AltumAge (relógio epigenético) foi de apenas 2,2 anos nas células
estudadas. Os pesquisadores acharam associação entre o envelhecimento celular e
o surgimento de doenças (câncer, esclerose múltipla, diebetes tipo 2 e
HIV/AIDS). Exemplificando, em células cancerígenas, que apresentam várias aberrações
genéticas e epigenéticas (capacidade do corpo humano em ativar ou desativar
alguns genes de acordo com o ambiente, hábitos e estilo de vida das pessoas,
porém sem alterar a sequência de nucleotídeos do DNA) estão relacionados ao
envelhecimento e podem ser medidos por relógios epigenéticos, como ElasticNet e
AltumAge.
Mas, calma, existem limitações!
AltumAge, por exemplo, prevê maior aceleração da idade geral para o
câncer, mas não se aplica a todos os tipos de câncer. Ao mesmo tempo, você pode
identificar as diferenças entre tecidos normais e cancerígenos, mas não podem
interromper ou retardar esse processo.
CONCLUSÃO
A identificação de biomarcadores para predizer a velocidade de envelhecimento
de uma célula, tecido ou organela (mitocôndria, por exemplo), através dos
estudos no campo da genética e biologia computacional, são fantásticos. Todavia,
nenhum estudo, até o presente momento, trouxe de FATO recursos para interromper,
retardar, desacelerar o processo de envelhecimento humano. Uma reprogramação metabólica,
que possa interferir no envelhecimento e/ou rejuvenescimento humano, permanece no
campo da ficção científica. Você discorda, pois é grande fã da Medicina
Anti-Aging com a utilização de hormônios (sintéticos e bioidênticos)? Então,
por favor, me apresente alguns estudos para que possamos aprofundar o assunto,
pois não encontrei absolutamente nada! Ao trazer estudos, lembre-se de avaliar
o nível de evidência científica do estudo compartilhado para não passar
vergonha. Ao mesmo tempo, não quer dizer que manipulação hormonal, procedimentos
estéticos, dieta, exercício e controle do estresse sejam “ferramentas” ruins, mas
se o objetivo é discutir “antienvelhecimento” você pode estar “confundindo alhos
com bugalhos”, por assim dizer. Enfim, lembre-se: a ciência
não existe para te agradar, mas para aproximar as pessoas dos FATOS.