ANTICONCEPCIONAIS ORAIS: AUTONOMIA FEMININA OU SEU VENENO
DIÁRIO?
Estava lendo sobre os
contraceptivos orais ou anticoncepcionais orais (ACOs), usados para prevenir a
gravidez, contendo drospirenona (progestógenos) e etinilestradiol (estrogênios),
e encontrei alguns efeitos adversos curiosos (para não dizer assustadores) na
bula do medicamento: instabilidade emocional ou alterações de humor, depressão,
diminuição ou perda da libido, enxaqueca, náusea, dor nas mamas, sangramento
uterino inesperado, sangramento vaginal, eventos tromboembolíticos arteriais e
venosos com risco de embolia pulmonar e infarto pulmonar, risco de câncer de
mama, tumores hepáticos, mulheres com hipertrigliceridemia terão maior risco
para pancreatite, entre outros efeitos.
Sendo assim, pesquisando
um pouco mais o assunto, também observei que as pílulas ou comprimidos
contraceptivos não são indicadas para as mulheres fumantes, diabéticas, obesas,
hipertensas, cardiopatas, epilépticas, com insuficiência renal e aqueles que têm
ou tiveram câncer de mama (Gourbil M. Thromboembolic events in women exposed to
hormonal contraception or cyproterone acetate in 2012: a
cross-sectional observational study in 30 French public hospitals. Drug Saf, 37(4): 269-282, 2014;
Karabay C.Y. et al. Drospirenone-containing oral contraceptives
and risk of adverse outcomes after myocardial infarction. Catheter Cardiovasc Interv 1;82(3): 387-393, 2013;
Raval A.P. et al. Nicotine and estrogen synergistically exacerbate
cerebral ischemic injury. Neuroscience 5;181: 216-225, 2011; Brinton
L.A. et al. Modification of oral contraceptive relationships on breast cancer risk
by selected factors among younger women. Contraception 55: 197-203, 1997;
Krauss G.L. et al. Antiepileptic medication and oral contraceptive
interactions: a national survey of neurologists and obstetricians. Neurology 46:1534-1539, 1996; Hennekens C.H. et al. Oral
contraception, cigarette smoking and myocardial infarction. Br J
Fam Plann, 5: 66-67, 1979).
Quer
dizer, segundo Bounhouse J.P. et al. (Myocardial infarction and oral contraceptives. Bull Acad Natl Med, 192(3): 569-579, 2008), logo após
a introdução dos anticoncepcionais orais (ACOs) em 1960, começou
emergir os casos de infarto do miocárdio e outros complicações cardiovasculares.
O autor ainda salienta que muitos estudos epidemiológicos identificaram o tabagismo,
a hipertensão, o diabetes e a hipercolesterolemia como fatores de risco para
trombose coronariana em mulheres jovens que usam contraceptivos orais.
Então, cabe a
pergunta pertinente:
Estamos falando de
autonomia do corpo feminino para ter ou não filhos ou seria exagerado dizer que
os ACOs são venenos?
Veja bem, estou muito
longe de ser um especialista no assunto e, portanto, repasso simplesmente minha
reflexão sobre o tema pesquisado.
Neste sentido, cabe
outra pergunta:
Existe algum ACO
isento de risco ou vocês, mulheres, devem apenas contrabalancear os benefícios
e malefícios associados ao medicamento?
Claro que existem
outros métodos contraceptivos (além do uso de ACOs), tais como a camisinha
masculina, a camisinha feminina, o diafragma (cúpula flexível de silicone
introduzido no colo uterino), a esponja feminina (semelhante ao diafragma, porém
um disco macio que lembra esponja) e o espermicida (gel, espuma ou creme que
impede chegada do espermatozoide ao útero), bem como adesivos, injeções e
implantes. Há possibilidade do uso de SIU (material parecido com plástico que libera hormônios) ou do DIU (material de cobre que não libera nenhuma taxa hormonal). Existe também a vasectomia
(esterilização masculina) e a ligadura tubária (laqueadura tubária), que são
considerados métodos anticoncepcionais permanentes. Por fim, obviamente, também
existe a abstinência sexual, que com certeza não haverá gravidez, mas também
não haverá relação sexual (http://www.mdsaude.com/2014/12/metodos-anticoncepcionais-2.html).
Prof.
Me. Nutricionista Joelso Peralta (CRN2 6561)
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