terça-feira, 6 de dezembro de 2016


AVALIAÇÃO HORMONAL NA PRÁTICA ESPORTIVA: O QUE SOLICITAR?

Prof. Me. Nutr. Joelso Peralta

Em 1945, o livro “The Male Hormone” (O Hormônio Masculino), de Paul de Kruif, aumentou as esperanças e expectativas das pessoas em relação ao uso de esteroides anabolizantes sintéticos, que parece ter sido um grande marco para a popularidade destes agentes farmacológicos. O uso de esteroides anabólico-androgênicos (EAA) no esporte não se limita ao levantamento de pesos e fisiculturismo, onde se observa de forma generalizada em todas as modalidades esportivas. Nas academias de ginástica e musculação, tanto no Brasil, como em outros países, também observamos o uso de esteroides anabolizantes para aumentar grandemente a massa muscular e reduzir a adiposidade. Atualmente, com as inúmeras discussões sobre a Terapia de Reposição Hormonal (TRH) e estratégias antienvelhecimento e longevidade, o hormônio testosterona está cada vez mais famoso. Contudo, este é o único hormônio que o profissional de saúde, incluindo nutricionista, pode solicitar para uma avaliação hormonal na prática esportiva? Certamente que não e, nesta postagem, vou dar uma visão geral da solicitação de exames laboratoriais na prática esportiva com ênfase na endocrinologia.

O COMEÇO DE TUDO
Em toda a história da humanidade sempre houveram padrões de beleza estabelecidos pela época e por que agora seria diferente? Entretanto, vejo uma importante diferença: um alcance absurdamente maior de medicações, suplementos esportivos e cirurgias para modificar radicalmente o corpo. Claro que o conceito de beleza é algo subjetivo, localizado, histórico e relacional, mas certamente os transtornos alimentares e de imagem corporal também sempre estiveram presentes entre os seres humanos. Os transtornos alimentares são síndromes comportamentais caracterizadas por inadequações no padrão e no comportamento alimentar, distorção e insatisfação da imagem corporal que pode afetar a vida de relação e, muitas vezes, é acompanhada por práticas inadequadas e exageradas de atividades físicas, dietas restritivas, uso de produtos dietéticos e medicações sem recomendação profissional e, em alguns casos, indução do vômito.
Neste sentido, destaca-se a dismorfia muscular ou vigorexia, que é um distúrbio da imagem corporal caracterizado pelo aumento exagerado da massa muscular e o uso indiscriminado de agentes farmacológicos. A obsessão com a atividade física e o desenvolvimento da musculatura geralmente é observado em adolescentes e adultos jovens, mas atualmente parece não diferenciar entre os sexos (homens e mulheres) em decorrência da valorização do Universo Fitness e forte apelo midiático do “corpo perfeito”.
Enfim, frente à eterna insatisfação da raça humana quanto à composição corporal, fortalecida pela mídia do “corpo perfeito”, chegamos à testosterona. No ano de 1935, a testosterona foi sintetizada e isolada, sendo caracterizado quimicamente por Ruzicka e Weltstein, o que permitiu a obtenção do prêmio Nobel de Química em 1939. Ainda em 1939, ocorreu também a primeira descrição no boletim da Organização Mundial de Saúde (OMS) sobre os hormônios sexuais, onde se destacava as alterações psicológicas e o aumento do desempenho atlético. Em 1956, o Dianabol (metandrosterona) foi criado pelo Laboratório CIBA e difundiu-se entre os levantadores de peso, onde em poucas semanas se observa um aumento da força e do volume muscular (cabe destacar que, posteriormente, o medicamento foi descrito como extremamente hepatotóxico). A partir daí, em todos os Jogos Olímpicos ouvimos falar de testes antidoping e atletas sendo banidos de suas modalidades esportivas pelo uso ilícito de drogas. Como exemplo, destaca-se as Olimpíadas de Seul, na Coréia, em 1988, onde Ben Johnson (Ben Sinclair Johnson, velocista canadense nascido na Jamaica) quebrou o record na corrida de 100 metros rasos (9,79 segundos), tornando-se o homem mais rápido do mundo e, em seguida, foi pego no Doping pelo uso de estanozolol. Johnson, então, foi suspenso do atletismo por 2 anos. Mas alguns atletas acreditam (e não aprendem com os próprios erros) que o treinamento e dieta seriam insuficientes para atingir suas pretenções no esporte e, em 1993, em Montreal, Johnson foi pego novamente no teste antidoping e agora banido definitivamente do esporte. Cabe lembrar que o record mundial atual nos 100 metros rasos pertence ao velocista jamaicano Usain Bolt (Usain St. Leo Bolt) com o tempo de 9,58 segundos em Berlim (2009), que disse logo após vencer: “Sempre há limites. Eu não conheço os meus”.
E, realmente, não há limites para o sucesso para muitos indivíduos (atletas amadores e profissionais) que culminou com uma verdadeira epidemia de esteroides anabolizantes no esporte, onde o Comitê Olímpico Internacional (COI) foi obrigado estabelecer um Comitê Médico para banir certos tipos de drogas no esporte através de Testes Antidoping. Todavia, um grande número de coquetéis orais e injetáveis já estava invadindo as academias de ginástica e musculação em todo o mundo e, novamente, sem limitações. Em 1990, os esteroides anabólico-androgênicos (EAA) haviam se expandido para todos os esportes (natação, ciclismo, esqui, voleibol, handebol, basquetebol, futebol, levantamento de peso, fisiculturismo, entre outros) e, certamente, também inspirou uma mudança drástica e de curto prazo nos corpos de muitos adolescentes e adultos não atletas nas academias de ginástica e musculação. Neste sentido, cabe a pergunta:

ADOLESCENTES E ADULTOS ESTÃO ABUSANDO DE ESTEROIDES ANABOLIZANTES POR FINS ESTÉTICOS?

De acordo com Dr. Harrison G. Pope, médico psiquiatra, professor de Harvard e autor do livro “O Complexo de Adônis: a obsessão masculina pelo corpo”, a resposta seria “SIM”. Segundo Dr. Pope, os esteroides anabolizantes estão entre as drogas mais polêmicas do mundo, altamente criticada e pobremente entendida. O Dr. Pope ainda relata que o uso de esteroides anabolizantes é um dos comportamentos humanos mais secretos que existem, pois as pessoas que usam simplesmente não admitem seu uso. Quer dizer, milhões de pessoas já usaram e, até mesmo, aqueles que menos suspeitamos. O médico psiquiatra finaliza: o uso de esteroides anabolizantes está aumentando e eles não vão desaparecer tão cedo.
Se isso for verdade (e parece que sim), então, cabe outra pergunta:

QUE EXAMES LABORATORIAIS VOCÊ, PROFISSIONAL NUTRICIONISTA, PODERIA SOLICITAR PARA UMA AVALIAÇÃO HORMONAL NA PRÁTICA ESPORTIVA?

Em primeiro lugar, a regulamentação da solicitação dos exames laboratoriais necessários ao acompanhamento dietoterápico pelo nutricionista está estabelecida na Lei Federal nº. 8.234/1991, art. 4º., inciso VIII. Quer dizer, o profissional nutricionista pode solicitar exames laboratoriais ao seu paciente, incluindo avaliação hormonal.

SE O NUTRICIONISTA PODE SOLICITAR EXAMES LABORATORIAIS, ENTÃO POR QUE OS PLANOS DE SAÚDE ESTÃO RECUSANDO OS PEDIDOS?

Boa pergunta, não é mesmo? E vamos atrás da resposta. A Lei Federal nº. 9.656/1998, que dispõe sobre planos e seguros de assistência à saúde, no art. 12, faculta a oferta, a contratação e a vigência dos produtos definidos no plano-referência com a exigência do inciso I, alínea “b” de que a cobertura de serviços de apoio diagnóstico, tratamentos e demais procedimentos ambulatoriais, sejam solicitados pelo médico assistente. A exigência estabelecida vale para todos os profissionais de saúde, inclusive para o médico, que também depende da autorização do médico “auditor” do plano de saúde que autoriza ou não os procedimentos.

E AGORA, COMO PROCEDER QUANTO A SOLICITAÇÃO DE EXAMES LABORATORIAIS PELO PROFISSIONAL NUTRICIONISTA?

Já que a situação acima demonstra uma problemática (bastante comum nos dias atuais), o profissional nutricionista deve-se basear no valor de seu conhecimento, frente aos demais profissionais de saúde e “pseudossábios”, para exercer sua solicitação de exames laboratoriais. Neste sentido, conseguirá demonstrar a necessidade da solicitação de exames para o acompanhamento dietoterápico, especialmente na área desportiva desde que justifique sua solicitação. Em outras palavras, devido à divergência estabelecida, o Conselho Regional de Nutrição da Segunda Região (CRN2, www.crn2.org.br) sugere que o nutricionista acrescente ao pedido do exame uma justificativa técnica fundamentada que explicite a sua necessidade para a avaliação nutricional e acompanhamento do paciente, que ofereça elementos para a deliberação do auditor do plano ou seguro de saúde quanto à autorização dos mesmos (não que eu concorde com essa necessidade de justificativa, pois não vejo outros profissionais de saúde justificando suas ações profissionais que são inerentes da própria profissão, mas fazer o quê).
Tendo isso em mente, agora podemos responder a pergunta:

QUE EXAMES LABORATORIAIS O NUTRICIONISTA PODE SOLICITAR PARA UMA AVALIAÇÃO HORMONAL NA PRÁTICA ESPORTIVA?

O Comitê Olímpico Internacional (COI) sugeriu que uma avaliação periódica em atletas de elite deveria incluir o hemograma completo, as plaquetas, a glicemia, a creatinina, o ionograma (sódio, cloro, potássio, magnésio e cálcio), o perfil lipídico (colesterol total, LDL, HDL e triglicerídeos), aspartato aminotransferase (AST ou GPT, transaminase glutâmico-pirúvica) e alanina aminotransferase (ALT ou GOT, transaminase glutâmico-oxaloacética), creatina fosfoquinase (CPK), o ferro e a ferritina (Maria João Cascais. Exames laboratoriais em medicina esportiva. Rev Medicina Desportiva Informa 4(2): 25-27, 2013). Cabe lembrar que o hemograma completo deve incluir a séria vermelha e branca. Quanto a série vermelha temos os eritrócitos (valores de referência para homens: 4,5-6,1 milhões/mm3; mulheres: 4,0-5,4 milhões/mm3), a hemoglobina (homens: 12,8-17,8 g/dL; mulheres: 11,3-16,3 g/dL), o hematócrito (homens: 40-54%; mulheres: 36-48%) e os índices hematimétricos, a saber: volume corpuscular médio (VCM: 80-100 fl), hemoglobina corpuscular média (HCM: 27-32 pg), concentração de hemoglobina corpuscular média (CHCM: 32-36 g/dL) e red cell distribuition width (RDW: 12-16%). Para séria branca temos os leucócitos (4.000-10.000/mm3), os neutrófilos (47-71%), os eosinófilos (1-6%), os linfócitos (18-48%), os monócitos (3-10%) e os basófilos (0-2%). Seria interessante, também, observar o plaquetograma (plaquetas: 100.000-450.000/mm3).
É igualmente importante lembrar que a avaliação da CPK possui três isoformas: CPK-MM (músculo esquelética: 98-100%), CPK-MB (músculo cardíaco: 0-3%) e CPK-BB (tecido cerebral: 0%). Embora não descrito no quadro do Comitê Olímpico Internacional (COI), poderíamos adicionar à seleção de exames laboratoriais: lactato desidrogenase (LDH: até 190 U/L), gamma glutamil-transpeptidase (GGT – homens: 2-30 U/L; mulheres: 1-24 U/L) e bilirrubinas (total: 0,3-1,0 mg/dL; direta: 0,1-0,3 mg/dL; e indireta: 0,2-0,7 mg/dL).
O informativo de Maria João Cascais (Rev Medicina Desportiva Informa 4(2): 25-27, 2013), já destacado anteriormente, também salienta a solicitação de exames adicionais nos esportes de contato (por exemplo, lutas) para detecção de hepatite A, B ou C. Quer dizer, para vírus da hepatite A (HAV) solicita-se anti-HAV IgM e anti-HAV IgG. Para hepatite B (HBV) incluem HBsAg e anti-HBc. Finalmente, para hepatite C (HCV) solicita-se anti-HCV.
Mas, vamos ao que interessa neste post: avaliação hormonal na prática esportiva. Neste sentido, o mesmo informativo de 2013 faz menção à solicitação de exames laboratoriais específicos para mulheres atletas, onde deve ser solicitado o hormônio folículo-estimulante (FSH), o hormônio luteinizante (LH), o estradiol (E2), a progesterona, a leptina e a relaxina. Os hormônios LH e FSH possuem muitos valores de referência dependendo das fases do ciclo sexual mensal (ciclo menstrual) em mulheres, bem como durante a gravidez ou mesmo com o uso de contraceptivos. Da mesma forma ocorre com o estradiol (E2) em mulheres menstruando normalmente (fase folicular e lútea), metade do ciclo menstrual e no período pós-menopausa. Cabe lembrar que homens adultos também possuem LH, FSH e E2, embora com valores distintos das mulheres. Já a progesterona é o hormônio da gravidez, ou seja, que prepara o corpo das mulheres para uma possível gestação. Por fim, leptina (produzido pelo tecido adiposo e placenta) é um hormônio que controla a saciedade e o peso corporal, enquanto que relaxina (produzido pelo corpo lúteo e placenta) tem ação nas articulações pélvicas relacionados ao parto.
José Bento e colaboradores, através do livro “Testosterona, Energia e Saúde: descubra como a reposição hormonal pode restaurar o equilíbrio e transformar a vida de homens e mulheres” (2014) também trouxe uma abordagem para a solicitação de exames laboratoriais para uma avaliação hormonal em homens, que incluem: testosterona total e livre (podendo recorrer à testosterona salivar), albumina e/ou globulina de ligação dos hormônios sexuais (TEBG/SHBG), índice de aromatase (AROM), desidroepiandrosterona (DHEA) e DHEAS (sulfato), diidrotestosterona (DHT), estradiol (E2), hormônio luteinizante (LH), hormônio folículo-estimulante (FSH) e cortisol.
Todavia, se pensarmos na reposição hormonal masculina, associado ao Distúrbio Androgênico do Envelhecimento Masculino (DAEM) ou Partial Androgen Deficiency in the Aging Male (PADAM) – popularmente conhecido como Andropausa –, a Dra. Odilza Vital, no IX Simpósio Internacional, VIII Congresso Brasileiro e V Congresso Iberoamericano de Medicina Antienvelhecimento (Rio de Janeiro, 2010), destacou os itens necessários para reposição hormonal destes homens: exame clínico completo, toque retal, avaliação do estado emocional, avaliação do desempenho sexual, hemograma, glicemia, perfil lipídico, enzimas hepáticas (TGO/TGP), ácido úrico, uréia, creatinina, PSA total e livre, estradiol (E2), testosterona total e livre, SHBG, prolactina, DHEA, fator de crescimento semelhante à insulina (IGF-1, insulin-like growth factor-1) e a proteína de ligação do IFG-1 (IGFBP3, insulin-like growth factor binding protein-3). Em outros casos pode-se recorrer à ultrassonografia de próstata e densitometria óssea. Entretanto, responda sinceramente:

VOCÊ ACREDITA MESMO QUE OS ADOLESCENTES E ADULTOS JOVENS ESTÃO PROCURANDO AUXÍLIO PROFISSIONAL A FIM DE REPOR SEUS HORMÔNIOS, ESPECIALMENTE TESTOSTERONA, EM DECORRÊNCIA DE UMA ANDROPAUSA PRECOCE?
                                           
Neste sentido, cabe destacar que os níveis hormonais começam a declinar depois dos 35 ou 45 anos de idade (para uns mais cedo, para outros mais tardiamente), podendo chegar até 2% ao ano. Então, neste ritmo natural, aos 80 anos a pessoa tem apenas 20% da testosterona que produzia na sua fase de juventude. Os sintomas de DAEM (Distúrbio Androgênico do Envelhecimento Masculino) aparecem em 8% dos homens entre 40-49 anos; 12% daqueles entre 50-69 anos; 19% na faixa dos 60 anos; 26% entre 70-79 anos e 40% acima dos 80 anos (Christopher J. Westley; Richard L. Amdur; Michael S. Irwig. High rates of depression and depressive symptoms among men referred for borderline testosterone levels. The Journal of Sexual Medicine, 2015; José Bento e colaboradores. Testosterona, Energia e Saúde. Descubra como a reposição hormonal pode restaurar o equilíbrio e transformar a vida de homens e mulheres. 1.ed. São Paulo: Alaúde Editorial, 2014).
Ao mesmo tempo, existem outros fatores que podem favorecer precocemente um DAEM, tais como a depressão, o estresse, a ingestão de bebidas alcoólicas, o uso descontrolado e não orientado de medicamentos, o tabagismo, o sedentarismo, a obesidade e outros doenças associadas. Quer dizer, muitos indivíduos pensam em repor seus hormônios (Terapia de Reposição Hormonal ou TRH), mas poucos pensam em controlar as variáveis sociais e ambientais envolvidas nos distúrbios hormonais. Em outras palavras, atacam as “consequências” ao invés das “causas” da andropausa em alguns homens.
Enfim, a perda de hormônios, tanto em homens, quanto em mulheres, podem trazer à tona na entrevista de consultório alguns relatos preocupantes. Em mulheres (climatério e menopausa) se observa os seguintes relatos: ondas de calor (“calorões”), ressecamento vaginal, redução da libido, mudanças de humor, irritação, cansaço generalizado, insônia, confusão mental, perda de memória ou memória fraca, ansiedade, depressão, cefaleia ou enxaqueca, retenção hídrica, redução da densidade óssea (osteoporose) e redução da elasticidade da pele. Em homens (andropausa) se observa relatos de depressão, ansiedade, irritabilidade ou desânimo, diminuição da energia e disposição, perda da resistência ou cansaço extremo, insônia, dificuldade de concentração, redução da libido, redução na capacidade de ereção, infertilidade (em alguns casos), perda da massa muscular e da força, aumento da gordura corporal, tendência ao acúmulo de gordura abdominal e anemia (em alguns casos).
Para finalizar, a endocrinologia é uma ciência complexa (e fascinante) e, portanto, também podemos pensar, em alguns casos, na avaliação de hormônios tireoidianos (T3, triiodotironina; T4, tiroxina), bem como do hormônio tíreo-estimulante ou estimulante da tireoide (TSH). Da mesma forma, o controle homeostático da massa óssea pode requerer, em alguns casos específicos, a avaliação da vitamina D (calcitriol), do hormônio da paratireoide (HPT ou PTH) e da calcitonina. Claro que existem muitos hormônios a serem estudos (insulina, glucagon, adrenalina, hormônio antidiurético ou ADH, aldosterona, ocitocina, grelina, entre outros), mas cabe lembrar: a solicitação de exames laboratoriais para esportistas e atletas permite o diagnóstico que tem contexto clínico (relação saúde e doença) e desportivo (desempenho atlético). Entretanto, a solicitação deve ser detalhada e criteriosa, mas também deve ser limitada e objetiva. Em outras palavras, devemos evitar a geração de custos desnecessários com exames bioquímicos para os praticantes de atividades físicas e, ao mesmo tempo, estudar fisiologia, bioquímica e endocrinologia para interpretar corretamente os resultados obtidos.
Em resumo, os principais hormônios e proteínas (na minha visão profissional) a serem solicitados na prática esportiva, ou seja, para o acompanhamento de atletas (amadores ou profissionais) incluem: hormônio folículo-estimulante (FSH), hormônio luteinizante (LH), estradiol (E2), leptina, insulina, testosterona total e livre, globulina de ligação dos hormônios sexuais (SHBG), desidroepiandrosterona (DHEA), sulfato de desidroepiandrosterona (DHEAS), diidrotestosterona (DHT), cortisol, fator de crescimento semelhante à insulina (IGF-1), proteína de ligação do IFG-1 (IGFBP3), triiodotironina (T3), tiroxina (T4), hormônio tíreo-estimulante (TSH) e vitamina D (calcitriol).

Para maiores informações, agendar sua consulta ou cursos/palestras de aprimoramento profissional (incluindo solicitação e interpretação de exames bioquímicos), entre em contato:

Prof. Me. Nutricionista Joelso Peralta (CRN2 6561)
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