segunda-feira, 29 de julho de 2024

SUPLEMENTAÇÃO DE CREATINA: 4 perguntas cruciais

 

SUPLEMENTAÇÃO DE CREATINA: 

respondendo 4 perguntas cruciais

 

JOELSO PERALTA, Nutricionista, Professor, Palestrante, Mestre em Medicina: Ciências Médicas e Doutorando em Ciências Biológicas: PPG Farmacologia e Terapêutica - UFRGS.



Olá pessoal, tudo bem? A creatina é um dos suplementos mais populares entre os esportistas e atletas e, provavelmente, aquele que mais possui embasamento científico. Em uma busca simples no PubMed, nos últimos 5 anos, encontrará facilmente mais de 800 estudos. Se refinar sua pesquisa para a suplementação de creatina no exercício e no esporte, terá quase 300 estudos. E, se filtrar ainda mais para ensaios clínicos randomizados, revisões sistemáticas e meta-análises, encontrará mais de 150 estudos. Portanto, a literatura é vasta sobre a suplementação de creatina e, mesmo assim, as pessoas (incluindo os profissionais de saúde) se questionam: a suplementação de creatina requer a fase de sobrecarga e manutenção? Devo usar creatina antes ou depois do treino? A suplementação de creatina requer a necessidade de carboidrato? Existe dano renal associado à suplementação de creatina? Com base nisso, resolvi abordar rapidamente este assunto através de perguntas e respostas, porém baseado em evidências. Boa leitura!

 

Pergunta #1:

A SUPLEMENTAÇÃO DE CREATINA REQUER UMA FASE DE SOBRECARGA E MANUTENÇÃO?

No passado, acredita-se que a suplementação de creatina era eficaz quando realizado em 2 fases: uma fase de sobrecarga (consumo de creatina por 5 a 7 dias com 20 a 25 g/dia), seguido de uma fase de manutenção (3 a 5 g/dia por vários meses). Atualmente, sabe-se que os resultados quanto a hipertrofia muscular, bem como na força, nos depósitos de fosfocreatina intramuscular e no auxílio da glicogênese (biossíntese de glicogênio muscular), são similares sem a necessidade da fase de sobrecarga de creatina.

Deixa-me exemplificar: a suplementação com 3 a 5 g/dia de creatina monoidratada, sem um período de sobrecarga, aumenta a creatina total e fosfocreatina intramuscular em 16 a 22%; a força também aumenta, verificado por 1 repetição máxima (1RM) em exercícios básicos para os membros superiores (p.ex.: supino) e membros inferiores (p.ex.: agachamento); e o glicogênio intramuscular aumenta em 25% (que parece estar associado à retenção hídrica intramuscular, devido ao poder osmótico da creatina).

Claro, alguns atletas persistem no esquema clássico de suplementação de creatina, porém com a seguinte estratégia: 0,3 g de creatina por quilograma de peso corporal diariamente (0,3 g/kg/dia). Neste sentido, se você é um atleta do sexo masculino com 75 kg, então poderia consumir 22,5 g/dia (0,3 g x 75 kg = 22,5 g), divididos em 4 doses ao dia (5,6 g em cada refeição), cujo período de sobrecarga ocorre por 5 a 7 dias, seguido de um período de manutenção (apenas 5 g/dia, aproximadamente). Essa estratégia, contudo, tem controvérsias. Por exemplo, se você é um atleta, homem, de 120 kg, poderia ingerir 36 g/dia de creatina (0,3 g x 120 kg = 36 g), o que resultaria em 9 g de creatina em 4 doses diárias. Portanto, 36 g/dia de creatina seria um verdadeiro exagero, que diferente grandemente da maioria dos estudos com 20-25 g/dia.    

Particularmente, não vejo vantagem na sobrecarga de creatina (especialmente para praticantes de atividades físicas recreativos), pois como dito: os resultados são similares ao final de alguns meses sem necessitar o período de sobrecarga de creatina. Ou melhor, existe uma vantagem em não realizar a fase de sobrecarga: evita-se a inibição endógena. Como assim, professor? Peraí, vamos lá:

O aminoácido arginina e glicina se combinam nos rins para formar guanidoacetato (ou guanidinoacetato) e ornitina (reação da arginina-glicina aminotransferase renal, AGAT). Em seguida, guanidoacetato se combina com S-adenosil-metionina (SAM) para formar creatina e S-adenosil-homocisteína (SAH) no fígado (reação da guanidoacetato N-metiltransmetilase hepática, GAMT). Creatina, por fim, é convertida em fosfocreatina (CP), com gasto de adenosina trifosfato (ATP), em uma reação (reversível) pela creatina fosfoquinase (CPK) no músculo esquelético. Como deve perceber, creatina é um tripeptídeo formado pelos aminoácidos arginina, glicina e metionina, sendo um processo que perpassa pelos rins, fígado e músculo. A suplementação em demasia (20-25 g/dia ou mais) de creatina causa inibição endógena (desnecessária ao meu ver), que retorna ao normal (sim, volta ao normal) depois de certo período após a interrupção da suplementação.

Em suma, a suplementação mais comum de creatina monoidratada é de 3 a 5 g/dia por alguns meses, geralmente 2 a 4 meses (embora alguns mantém a suplementação contínua por 12 meses).

 

Pergunta #2:

DEVO USAR CREATINA PRÉ OU PÓS-TREINO?

Antes de responder à pergunta, deixa-me fazer duas observações:

Primeiro, 95 a 98% da creatina total está presente no músculo esquelético, sendo 40% na forma de creatina e 60% na forma de fosfocreatina. Portanto, apenas 2 a 5% da creatina estão presentes no sangue, coração e cérebro, bem como espermatozoides.

Segundo, o músculo esquelético possui um certo grau de saturação para creatina. Em outras palavras, você passa de 90 a 125 mmol Cr/kg músculo seco (normalidade) para 160 a 162 mmol Cr/kg (saturação intramuscular).

O que isso tudo quer dizer, professor?

Simples, não adiante se “entupir” da suplementação de creatina (20-30 g/dia) por inúmeros meses (12 meses), pois existe um “limite” intramuscular para creatina e fosfocreatina, seja você um homem atlético de 1,70 m ou grande fisiculturista de 2,10 m.

Com base nisso, voltamos a pergunta: devo usar creatina antes ou depois do treino?   

A suplementação de creatina, segundo a “luz da ciência”, não possui um horário preestabelecido de consumo. Ou seja, você pode usar creatina antes ou depois do treino, pois não faz diferença alguma. Deixa-me explicar de outra maneira: os efeitos da creatina sobre a musculatura esquelética não são imediatos (não são agudos), mas, sim, a longo prazo (efeito crônico). Portanto, parece anedótico achar que a suplementação de creatina deva ocorrer 30 minutos antes do esforço físico, como se essa creatina proveria “força, energia e disposição” ao treino. Lembre-se: você precisa “saturar” sua musculatura com creatina para obter os efeitos desejados da creatina sobre o desempenho atlético e hipertrofia muscular. A regra de ouro é: mantenha a suplementação de creatina monoidratada frequentemente, independente do horário. Se você prefere pré-treino para não esquecer, então beleza! Se você prefere no pós-treino, tudo perfeito! 

Uma curiosidade: segundo Louise Deldicque et al.  (J Appl Physiol 104:371-378, 2008; DOI: 10.1152/japplphysiol.00873.2007), a suplementação de creatina após o esforço físico pode ser mais vantajosa. Neste estudo, os autores mostraram que a suplementação de creatina no pós-treino (durante 6 semanas), em homens saudáveis, submetidos ao teste de 1RM para determinados exercícios, aumentou a expressão do transportador de glicose do tipo 4 (GLUT-4) e do fator de crescimento semelhante à insulina (IGF-1), bem como ativação de células satélites que estariam associados com aumento da cadeia longa da miosina no músculo esquelético (proteína contrátil miofibrilar, que desempenha papel crucial na contração muscular). Os autores concluíram que a suplementação de creatina no período pós-treino promove hipertrofia muscular. Todavia, cabe destacar: os indivíduos também estavam submetidos ao acompanhamento nutricional, onde receberam uma dieta com 48% de carboidrato, 30% de lipídeos e 22% de proteína. 

 

Pergunta #3:

PRECISO DE CARBOIDRATO PARA ABSORVER CREATINA E UTILIZAR NO MÚSCULO ESQUELÉTICO?

Na década de 90, acreditava-se que creatina necessitava de carboidratos para ser absorvida e promover hipertrofia muscular, ou seja, acredita-se na co-ingestão de creatina e carboidratos. Essa hipótese tinha um bom raciocínio lógico: a captação de monossacarídeos (glicose, particularmente) ocorre por cotransporte de sódio-glicose na membrana apical das microvilosidades intestinais, que acabam ganhando a veia porta hepática até o fígado. Neste sentido, a creatina (arginina, glicina e metionina) pegariam “carona” neste processo absortivo facilitado pela glicose. Ao mesmo tempo, carboidratos (geralmente dextrose, maltodextrina, bebidas esportivas ou sucos) causariam secreção aumentada de insulina (hiperinsulinemia), que facilitaria o processo hipertrófico via GLUT-4 e estímulo da proteína quinase B (PKB ou Akt) e da proteína quinase de mamíferos alvo de rapamicina (mTOR), portanto, via Akt/mTOR. A creatina (seus aminoácidos), novamente, pegaria “carona” para ingressar no músculo esquelético a fim de aumentar a creatina e fosfocreatina intramuscular, bem como favorecer o desempenho atlético. A insulina também estimula a bomba ATPase sódio-potássio dependente, que poderia facilitar o transporte de creatina ao músculo. Quer dizer, a captação de creatina pelos músculos ocorre por gradiente de concentração sódio-dependente, após interação da creatina com sítios específicos na membrana muscular (sarcolema), que seria facilitado pela glicemia, ou melhor, pela insulinemia. Suspeitava-se, também, que a creatina necessitaria de um transportador plasmático de creatina, que seria estimulado pela insulina. Portanto, a coingestão de creatina e carboidratos fazia (e faz) bastante sentido. Contudo, estudos posteriores mostraram não existir essa necessidade de carboidratos para absorção intestinal e uso de creatina pelos músculos.

O que você pensa disso, professor?

Deixa-me explicar da seguinte maneira:

Primeiro, uma grande parcela de estudos estabelece a suplementação de creatina monoidratada sem o consumo concomitante de carboidratos, sendo que os resultados almejados (ganho ponderal, hipertrofia muscular, força e desempenho atlético) também são obtidos.

Segundo, a co-ingestão de creatina e carboidratos é vantajoso para alguns, mas desvantajoso para outros indivíduos. Quer dizer, os carboidratos administrados aumentam a síntese de glicogênio muscular que, por sua vez, melhoram o desempenho atlético, sendo uma vantagem. Além disso, os carboidratos administrados promovem hiperinsulinemia e, como sabemos, a insulina é um hormônio anabólico que estimula a via Akt-mTOR, sendo outra vantagem. Todavia, aqueles indivíduos com elevado percentual de gordura corporal, observado na avaliação física prévia, podem obter desvantagem dessa suplementação combinada. Em outras palavras, um excesso de carboidrato pode facilitar a lipogênese e adiposidade, pois insulina estimula a proteína 1c de ligação do elemento de resposta aos esteróis (SREBP1c), bem como estímulo das enzimas lipogênicas (acetil-CoA carboxilase e ácido graxo sintase). Além disso, insulina, secretada em decorrência da hiperglicemia, inibe a lipólise (mobilização de ácidos graxos dos adipócitos), pois inibe a lipase hormônio sensível (LHS). Mas, claro, não faça confusão: a insulina “não engorda”, pois o que engorda é o excesso calórico da dieta. Insulina, contudo, pode favorecer essas vias metabólicas que acabariam “engordando” um indivíduo que já exibe inadequação na composição corporal. Dessa forma, seria mais vantajoso usar creatina sem carboidratos, mantendo o aporte calórico total reduzido, porém com desempenho atlético superior através do uso de creatina. 

Terceiro, a melhor dieta ou suplementação é aquela que seu paciente consegue aderir. Portanto, a suplementação de creatina com ou sem carboidratos depende dessa adesão, bem como objetivos previamente traçados. Em outras palavras, se o objetivo for o desempenho atlético (p.ex.: atletas de elite) sem grande preocupação com o percentual de gordura corporal (alguns esportes não requerem “barriga tanquinho”, rs), use com carboidratos. Todavia, se o objetivo foi puramente estético (p.ex.: uma grande parcela dos usuários de recursos ergogênicos não atletas), então observe a avaliação física para a avaliar a necessidade de coingestão de creatina e carboidratos.  

 

Pergunta #4:

CREATINA CAUSA DANO RENAL OU TRAZ PREJUÍZO À SAÚDE?

Estamos em 2024 e, por incrível que pareça, ainda existem estudantes e profissionais de saúde alegando que a suplementação de creatina causa dano hepático e renal, bem como “engorda”, deixa “inchado” e causa cãibra e desidratação e, até mesmo, é cancerígeno. Sendo assim, vamos às respostas rápida sob a “luz da ciência”.

Estudos da década de 90 (Lancet 351:1252-1253, 1998; N Engl J Med 340:814-815, 1999) relataram dano renal induzido pela suplementação de creatina no esquema clássico (20 g/dia). Todavia, analisando criteriosamente os estudos, observamos que não existir investigação sobre o histórico clínico pessoal e familiar nestes relatos. Aliás, relato de caso possui baixo grau de evidência científica, justamente por permitir o viés de confusão. Os demais estudos, contudo, concluíram não existir evidências para dano renal, hepático, cãibras musculares e desidratação com a suplementação de creatina por longos períodos. Alguns pacientes podem, eventualmente, relatar complicações gastrintestinais (vômito, diarreia ou dor abdominal) com a suplementação de creatina, justamente porque não estavam acostumados com a sobrecarga de creatina (20-30 g/dia), o que é transitório e não preocupante. Aliás, nenhum estudo encontrou diferença estatística significativa nos parâmetros da função hepática (aspartato aminotransferase, alanina aminotransferase, fosfatase alcalina ou gamma-glutamiltranspeptidase) que corroborem com a disfunção ou dano hepático induzido pela suplementação com creatina. Não foram observadas evidências estatisticamente significativas em parâmetros de função renal, que pudessem apoiar um dano renal: creatinina, uréia, albumina sérica, microalbuminúria ou taxa de filtração glomerular. Também não existem evidências para cãibras ou desidratação, cujo estudos relatam serem alegações anedóticas. O ganho de peso, por vezes alegado como efeito colateral (não pretendido, não esperado) ou efeito adverso (desfavorável, ruim) me deixa perplexo. Quer dizer, o ganho de peso realmente existe (0,5 a 2 kg ou mais), sendo atribuído à retenção hídrica, aumento no conteúdo de glicogênio muscular e hipertrofia induzida pelo treinamento de força. Quer dizer, não seria justamente os objetivos almejados pelo usuário de creatina monoidratada? Aliás, aumentar os depósitos de creatina e fosfocreatina intramusculares com melhoria do desempenho atlético, acompanhado pelo aumento do peso corporal, não seriam objetivos previamente traçados com seu paciente durante a suplementação de creatina? AHHH, para concluir: a retenção hídrica é intramuscular e não subcutânea, portanto, é impossível alegar que o paciente “fica inchado” ou “gordo”.

 

CONSIDERAÇÕES FINAIS

Existe uma sólida base de evidências científicas sobre a suplementação de creatina monoidratada no exercício e no esporte, mas também para aplicação clínica. Por exemplo, a suplementação de creatina pode ser útil com o avançar da idade, pois temos perda de fibras do tipo I e II, sendo que as do tipo II apresentam maiores concentração de creatina e fosfocreatina. Existem muitos “experts” nas mídias sociais, mas cuidado: muitos exibem excelente oratória, mas poucos realmente aprofundam os estudos sobre os recursos ergogênicos nutricionais.

 

Abaixo, seguem algumas sugestões para leitura, utilizados nesta matéria:

 

1.    Forbes SC, Candow DG, Neto JHF, Kennedy MD, Forbes JL, Machado M, Bustillo E, Gomez-Lopez J, Zapata A, Antonio J. Creatine supplementation and endurance performance: surges and sprints to win the race. J Int Soc Sports Nutr. 2023 Dec;20(1):2204071. doi: 10.1080/15502783.2023.2204071. PMID: 37096381; PMCID: PMC10132248.

2.    Candow DG, Chilibeck PD, Forbes SC, Fairman CM, Gualano B, Roschel H. Creatine supplementation for older adults: Focus on sarcopenia, osteoporosis, frailty and Cachexia. Bone. 2022 Sep;162:116467. doi: 10.1016/j.bone.2022.116467. Epub 2022 Jun 7. PMID: 35688360.

3.    Wu SH, Chen KL, Hsu C, Chen HC, Chen JY, Yu SY, Shiu YJ. Creatine Supplementation for Muscle Growth: A Scoping Review of Randomized Clinical Trials from 2012 to 2021. Nutrients. 2022 Mar 16;14(6):1255. doi: 10.3390/nu14061255. PMID: 35334912; PMCID: PMC8949037.

4.    Antonio J, Candow DG, Forbes SC, Gualano B, Jagim AR, Kreider RB, Rawson ES, Smith-Ryan AE, VanDusseldorp TA, Willoughby DS, Ziegenfuss TN. Common questions and misconceptions about creatine supplementation: what does the scientific evidence really show? J Int Soc Sports Nutr. 2021 Feb 8;18(1):13. doi: 10.1186/s12970-021-00412-w. PMID: 33557850; PMCID: PMC7871530.

5.    Hall M, Manetta E, Tupper K. Creatine Supplementation: An Update. Curr Sports Med Rep. 2021 Jul 1;20(7):338-344. doi: 10.1249/JSR.0000000000000863. PMID: 34234088.

6.    Mills S, Candow DG, Forbes SC, Neary JP, Ormsbee MJ, Antonio J. Effects of Creatine Supplementation during Resistance Training Sessions in Physically Active Young Adults. Nutrients. 2020 Jun 24;12(6):1880. doi: 10.3390/nu12061880. PMID: 32599716; PMCID: PMC7353308.

7.    Tomcik KA, Camera DM, Bone JL, Ross ML, Jeacocke NA, Tachtsis B, Senden J, VAN Loon LJC, Hawley JA, Burke LM. Effects of Creatine and Carbohydrate Loading on Cycling Time Trial Performance. Med Sci Sports Exerc. 2018 Jan;50(1):141-150. doi: 10.1249/MSS.0000000000001401. PMID: 28806275.

8.    Kerksick CM, Wilborn CD, Roberts MD, Smith-Ryan A, Kleiner SM, Jäger R, Collins R, Cooke M, Davis JN, Galvan E, Greenwood M, Lowery LM, Wildman R, Antonio J, Kreider RB. ISSN exercise & sports nutrition review update: research & recommendations. J Int Soc Sports Nutr. 2017 Aug 1;15(1):38. doi: 10.1186/s12970-018-0242-y. PMID: 30068354; PMCID: PMC6090881.

L   Lilian Linck, Gustavo Rodrigues, Marcello Mascarenhas. La creatina, de la biosíntesis a la aplicación: un estudio de revisión. EFDeportes.com, Revista Digital. Buenos Aires, Año 16, Nº 159, Agosto de 2011. http://www.efdeportes.com.

     Gualano B et al. Efeitos da suplementação de creatina sobre a força e hipertrofia muscular: atualizações. Rev Bras Med Esporte 16(3): 2010. https://doi.org/10.1590/S1517-86922010000300013.

     Deldicque L, Atherton P, Patel R, Theisen D, Nielens H, Rennie MJ, Francaux M. Effects of resistance exercise with and without creatine supplementation on gene expression and cell signaling in human skeletal muscle. J Appl Physiol (1985). 2008 Feb;104(2):371-8. doi: 10.1152/japplphysiol.00873.2007. Epub 2007 Nov 29. PMID: 18048590.

      Frederico SC et al. Efeitos da suplementação de creatina e do treinamento de potência sobre a performance e a massa corporal magra de ratos. Rev Bras Med Esporte 13(5): 2007. https://doi.org/10.1590/S1517-86922007000500004.

      José Peralta; Olga Maria Silverio Amancio. Creatine as an ergogenic supplement for athletes. Rev. Nutr., Campinas, 15(1):83-93, jan./abr., 2002. Disponível: https://doi.org/10.1590/S1415-52732002000100009.

      Koshy KM, Griswold E, Schneeberger EE. Interstitial nephritis in a patient taking creatine. N Engl J Med. 1999 Mar 11;340(10):814-5. doi: 10.1056/NEJM199903113401017. PMID: 10075534.

     Pritchard NR, Kalra PA. Renal dysfunction accompanying oral creatine supplements. Lancet. 1998 Apr 25;351(9111):1252-3. doi: 10.1016/s0140-6736(05)79319-3. PMID: 9643752.