VOCÊ SABE ESCREVER UM ARTIGO CIENTÍFICO?
(Parte 2)
JOELSO PERALTA, Nutricionista, Professor, Palestrante, Mestre em Medicina:
Ciências Médicas e Doutorando: PPG Farmacologia e Terapêutica - UFRGS.
Olá pessoal, tudo bem? Gostaram da “Parte 1”? Espero que tenha sido proveitoso e útil. Como foi dito, este assunto faz parte do Programa de Mentoria Acadêmica e Escrita Científica, que estou elaborando e passarei maiores informações posteriormente. No momento, preciso concluir a “Parte 2” dos procedimentos para escrever um artigo científico, que pode ser importante para a construção de seu TCC (trabalho de conclusão de curso) e, até mesmo, sua dissertação de mestrado ou tese de doutorado. Já vimos como elaborar o título de seu artigo e a construção do resumo. Vimos, também, o passo a passo para a construção da introdução de seu artigo científico. Agora, precisamos elaborar os materiais e métodos (metodologia) e apresentar os resultados, bem como estabelecer a discussão e, finalmente, a conclusão. Prontos? Borá lá!
MATERIAIS E MÉTODOS
Lembrem-se: trata-se de um Artigo
Científico Fake, ou seja, um artigo científico falso, que não foi
realizado, que não foi revisado, que não foi publicado. Portanto, os dados
abaixo são apenas ilustrativos, fictícios, tendo como o objetivo apenas exemplificar o “passo a
passo” quanto a elaboração de um artigo científico. Nesta etapa, vou comentar
sobre os “materiais e métodos” que, por vezes, também chamado de “metodologia”
ou, simplesmente, “métodos”. Você sabe a diferença entre eles?
Nos estudos experimentais, como em nosso exemplo de artigo Fake,
realizado em laboratório de pesquisa, com seleção de animais obtidos em
biotério, com extração de tecidos e análises bioquímicas, geralmente opta-se
pelo termo “materiais e métodos”. Já “metodologia” ou, simplesmente, “métodos”,
refere-se aos procedimentos, não experimentais, para obtenção dos dados que
serão utilizados nos resultados. Por exemplo, o acesso aos bancos de dados
eletrônicos, em determinados hospitais ou entidades de pesquisa, para execução
de sua pesquisa, pode ser chamado de “metodologia” ou “método”. Na realidade, a
diferença é pequena, sutil. Ao mesmo tempo, muitas vezes já observei
publicações que não condizem com essa explicação, ou seja, o que deveria ser
“materiais e métodos” foi chamado de “metodologia” e vice-versa. Enfim, usarei
o termo “materiais e métodos”, devido caráter experimental de nosso estudo Fake,
mas é importante observar as regras da revista que se pretende publicar. O fato
é: independente da terminologia usada, você precisa explicar os procedimentos;
a maneira de agir; o passo a passo que tomou ao longo das semanas, dos meses ou
dos anos no desenvolvimento de sua pesquisa.
Vejamos nosso exemplo Fake:
MATERIAIS
E MÉTODOS
Animais. No
presente estudo foram utilizados 12 ratos Wistar, adultos (3 a 5 meses),
machos, pensando 250±50g,
internados a 23±2ºC sob
ciclo claro-escuro de 12/12h e alimentados com dieta comercial-padrão com
acesso livre a água. Os animais foram randomizados, aleatoriamente, em 2
grupos: CFA (n=6): animais sedentários e com dor crônica induzida por CFA no
gastrocnêmio; e CFA+DBA (n=6): animais sedentários, com dor crônica induzida
por CFA no gastrocnêmio, e suplementação de dibenzalacetona (DBA). Os animais foram
obtidos no biotério do Instituto de Ciências Básicas da Saúde (ICB) da
Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS). Todos os procedimentos estão
em acordo com os princípios éticos e cuidados com a experimentação animal
adotado pelo Conselho Nacional de Controle de Experimentação Animal (CONCEA),
cujo diretriz pode ser obtido na Sociedade Brasileira de Ciência em Animais de
Laboratório (SBCAL) (SBCAL, 2022). Este trabalho foi aprovado pelo Comitê de
Ética para Uso de Animais (CEUA), da UFRGS, sob parecer XXX/XX.
COMENTÁRIOS:
Nosso
Artigo Científico Fake pretende avaliar o efeito da dibenzalacetona (DBA), um
análogo sintético da curcumina, no alívio da dor crônica em ratos Wistar. Para
tanto, precisamos descrever nos materiais e métodos: os animais, o
dibenzalacetona (DBA), o protocolo para se avaliar a dor crônica e as determinações
ou análises bioquímicas que pretendemos realizar.
Quanto
aos animais, precisamos indicar qual número de animais selecionados (ou seja, o
tamanho da amostra). Caso seja exigido o cálculo do tamanho amostral em pesquisas
com animais, poderá citar (referenciar) estudos científicos similares, que
avaliaram a dor crônica, mas não exatamente as mesmas substâncias. Por exemplo,
poderia usar um estudo que avaliou o alívio da dor crônica através do protocolo
de natação em 12 ratos Wistar, justificando seu tamanho amostral. Todavia,
neste tipo de estudo precisará descrever a espécie de animal utilizada (ex.:
ratos Wistar), o sexo (ex.: machos), idade (ex.: adultos) e peso (ex.: 250 g). Informações
adicionais também podem ser necessárias: ciclo claro-escuro, alimentados com
dieta comercial-padrão, acesso livre a água, etc.
É
importante destacar a randomização, aleatória, onde temos 2 grupos: CFA (ou
seja, grupo que recebeu apenas injeção do Adjuvante Composto de Freund no músculo
gastrocnêmio, promovendo uma cascata inflamatória e dor) e CFA/DBA (ou seja,
grupo que recebeu CFA, mas também foi suplementado com dibenzalacetona, que
seria um análogo sintético da curcumina). Neste caso, criam-se siglas para
facilitar o entendimento e deixar o texto mais fluido, de fácil leitura,
atrativo, agradável. Claro, em nosso exemplo hipotético temos apenas 2 grupos,
mas podem existir 4, 6 ou mais grupos, onde todos precisam ser detalhados.
Por
fim, em experimentos envolvendo animais precisamos respeitar os princípios
éticos e de cuidados com a experimentação animal, segundo CONCEA (Conselho
Nacional de Controle de Experimentação Animal). Ao mesmo tempo, se a pesquisa
foi realizada é porque foi aprovada pelo CEUA (Comitê de Ética para Uso de
Animais). Claro, nossa pesquisa Fake não foi realizada e, portanto, o número do
Parecer aprovado pelo CEUA aparece como “XXX/XX”.
NOTA:
Não falarei, aqui, dos estudos com seres humanos, onde existem outros critérios
a serem considerados (cálculo do tamanho amostral, critérios de inclusão e
exclusão, randomização e cegamento, desfechos primários e secundários, etc.).
Deixarei este e outros exemplos para o Programa de Mentoria Acadêmica e Escrita Científica.
Vejamos,
agora, como descrever a modelo de dor crônica.
MATERIAIS
E MÉTODOS
Modelo de
dor crônica. A dor crônica é induzida pela injeção do Adjuvante Composto de
Freund (CFA, Sigma, St. Louis, Mycobacterium
tuberculosis), em dose única de 200 µg, no gastrocnêmio de ratos Wistar
(GREGORY, 2013).
COMENTÁRIOS:
O
CFA é uma substância que induz uma resposta imunológica com cascata de eventos
inflamatórios de longa duração e aumento de citocinas pró-inflamatórias, por
exemplo, a interleucina-1-beta (IL-1b). Neste sentido, a inflamação crônica do
gastrocnêmio de ratos induz alterações em neurônios motores com presença de
hiperalgesia (resposta dolorosa excessiva, excesso de dor) e alodinia (sensação
de dor) após lesão. A alodinia refere-se a um estímulo sensorial ou sensação de
dor que, em situações normais, não deveria provocar dor. Por exemplo, a pessoa
sente dor ao escovar os cabelos ou ao toque na pele. Portanto, alodinia é
diferente de hiperalgesia. Na alodinia temos dor de estímulos não dolorosos,
que normalmente não causaria dor, podendo ser térmica (ex.: gotas de água fria
na pele e relatos de dor), mecânica (roupa sobre a pele e queixas de dor) e
tátil (referente ao toque ou pressão sobre a pele, onde indivíduo relata dor).
Claro,
não “inventei” o método de dor e inflamação induzido pelo CFA e, portanto,
preciso citar a referência no texto: (GREGORY, 2013). Ao final do artigo, deve
descrever completamente a referência: GREGORY, N. et al. An overview of animal
models of pain: disease models and outcome measures. J Pain. 14(11): 1-26, 2013 (caso queira ler na íntegra, segue doi: 10.1016/j.jpain.2013.06.008).
A
dosagem de CFA em nosso artigo Fake observei em algumas aulas (disciplinas) e
seminários de meu doutorado. A dosagem difere entre camundongos e ratos,
podendo ser dose única ou dose por quilograma de peso. O fato é: determinados
protocolos e dosagens de substâncias serão repassadas pelo grupo de pesquisa
que você estará inserido(a), respeitando as orientações de seu orientador(a), geralmente
chefe do laboratório de pesquisa. Portanto, trago apenas um exemplo de dosagem
do CFA, que não deve ser encarado como recomendação de uso em todos os
experimentos similares.
Porém,
como mensurar a alívio da dor? Bem, é o que veremos agora:
MATERIAIS
E MÉTODOS
Teste do
limiar de dor. Foi realizado o teste de alodinia mecânica de filamentos de von
Frey (Anesthesiometer Semmes-Weinstein, USA), onde o experimentador foi cegado
a fim de evitar o viés do estudo. Para tanto, o animal é colocado em uma caixa
de acrílico (1 m x 45 cm), cujo a base aberta é formada por arames com
espaçamento de 1 cm, permitindo acesso às patas dos animais. Dessa forma, 10
filamentos com tamanhos diferentes são utilizados para aferir a sensibilidade
tátil dos animais em gramas (g), induzindo a retirada da pata. Quando a
retirada da pata ocorre 2 vezes de forma consecutiva, a resposta a
sensibilidade mecânica é considerada positiva.
COMENTÁRIOS:
Existem
inúmeros testes a fim de avaliar/mensurar nocicepção, que é o componente
fisiológico da dor. Quer dizer, nocicepção passa pelos processos de transdução
(impulso nervoso é recebido pelo nociceptores e transformados em potencial de
ação), transmissão (impulso é conduzido até a coluna posterior da medula
espinhal), modulação (impulso é modulado antes de chegar ao sistema
nervoso central, SNC) e percepção (impulso é integrado e percebido como
dor).
Em
modelos animais de nocicepção, o método envolve um insulto, seguido da medição.
As medidas do comportamento da dor podem expor os animais aos estímulos
térmicos, frios, mecânicos e elétricos, bem como injeção de substâncias que
causam inflamação (CFA, formalina, etc.). O animal, após insulto, responderá
afastando a cauda, retirando a pata, lambendo a pata, afastando-se, etc. Enfim,
o modelo animal e teste escolhido depende do modelo de dor a ser investigado.
Em nosso artigo Fake, optei pelo teste de alodinia mecânica de filamentos de
von Frey, onde deve ser descrito: a utilização da caixa de acrílico, o uso dos
filamentos com tamanhos diferentes e a retirada da pata do animal para avaliar
a sensibilidade mecânica. No estudo de GREGORY (2013), citado anteriormente,
poderá observar este e outros métodos.
Peraí,
não acabou! Precisamos falar da dibenzalacetona (DBA).
MATERIAIS
E MÉTODOS
Dibenzalacetona
(DBA). Para melhorar a biodisponibilidade e farmacocinética
administramos o análogo sintético da curcumina: o dibenzalacetona, DBA (Sigma-Aldrich,
Merck), como descrito por Kotha & Luthria (2019) e Sueth-Santiago et al.
(2015). Mantivemos a administração na forma oral (gavagem) do DBA em lipossomas
(100 mg/kg peso corporal/dia) a fim de preservar o processo biológico natural
de absorção gastrintestinal, sendo realizado com profissional habilitado para a
execução do procedimento, evitando, assim, a lesão esofágica de repetição.
COMENTÁRIOS:
Agora
vocês podem entender porque usei DBA ao invés de curcumina em nosso Artigo
Científico Fake. A
curcumina possui
limitações de uso, apesar de suas propriedades terapêuticas já documentadas.
Primeiro, a curcumina é pobremente absorvida pelo intestino, devido sua baixa
solubilidade em água. E, segundo, a curcumina sofre degradação no tecido
hepático (metabolização de xenobióticos ou biotransformação em reações de fase
2, ou seja, conjugação de glicuronidação e sulfatação), diminuindo sua forma
ativa na circulação sistêmica. Para tanto, não basta aprender a escrita
científica, mas, sim, aprofundar seus conhecimentos técnico-científicos. Em
outras palavras, se você pertence as áreas de saúde e ciências biológicas,
então precisará
aprofundar seus conhecimentos sobre os processos fisiobioquímicos, imunológicos
e neuroendócrinos do organismo para produzir seu artigo científico e, até mesmo, seu TCC
ou projeto de mestrado ou doutorado. Esse é outro braço do Programa
de Mentoria Acadêmica e Escrita Científica, como explicarei no momento apropriado.
Como
foi dito, o DBA é um análogo sintético da curcumina, apresentando as mesmas
propriedades terapêuticas do produto original. Contudo, para “driblar” a
dificuldade de absorção intestinal, optei por administrar DBA em lipossomas
(100 mg/kg/dia), que são vesículas compostas por lipídeos (principalmente
fosfolipídeos), formando uma bicamada lipídica que se organizam de forma
esférica. Porém, se queremos “imitar” a forma tradicional de consumo de
curcumina (ou seja, preservar o processo biológico natural de absorção
gastrintestinal via oral), então precisamos administrar oralmente o DBA aos
animais. Neste caso, optei pelo processo de gavagem, que é um método de
“alimentação forçada” dos animais. Esse procedimento é realizado com profissional
habilitado, pois não podemos lesionar o esôfago dos animais, respeitando os princípios
éticos e de cuidados com a experimentação animal, segundo CONCEA. Para tanto, a
extremidade da cânula de gavagem é posicionada na posição lateral da boca,
desviando dos dentes incisivos, deslizando a cânula para o interior da cavidade
oral, por cima da língua do animal, com um movimento delicado e contínuo, até
atingir a cavidade gástrica.
NOTA:
Você
deve estar pensando: “Professor, jamais saberei esses procedimentos”. KEEP CALM
(mantenha a calma), pois muitos destes procedimentos são aprendidos na
iniciação científica (se você é estudante de graduação) ou durante seu mestrado
ou doutorado (se você faz parte de um grupo de pesquisa). No meu caso, quando
estudante de Nutrição na Universidade do Vale do Rio dos Sinos (Unisinos), fui Bolsista
de Iniciação Científica, entre 2001 a 2005, do Laboratório de Fisiologia
Celular (FisCel) do Departamento de Fisiologia da Universidade Federal do Rio
Grande do Sul (UFRGS). Meu Trabalho de Conclusão de Curso (TCC), por sua vez, foi
experimental, cujo título foi: “Papel antiaterogênico da prostaglandina A2
(PGA2) e seu efeito citoprotetor endotelial na aterosclerose por
redirecionamento do metabolismo de lípides e alteração da fenotipagem de
macrófagos foam-cells de ratos Wistar”. Neste caso, eu tinha uma orientadora na
Unisinos (Profa. Dra. Denize Righetto Ziegler) e um co-orientador na UFRGS
(Prof. Dr. Paulo Ivo Homem de Bittencourt Júnior). Além disso, ainda como
estudante de nutrição, passei brevemente (voluntário) pelo Laboratório de Ciências
Biológicas: Bioquímica da UFRGS, junto ao falecido Prof. Dr. Perry. Por fim, já
graduado em nutrição (portanto, nutricionista clínico e esportivo), frequentei
o Laboratório de Bioquímica da UFRGS, do Prof. Dr. Carlos Severo Dutra Filho,
na tentativa de ingressar no mestrado. Meu projeto, na época, chamava-se: “Papel
neurodegenerativo da hiperfenilalaninemia em modelo de ratos fenilcetonúricos,
estresse oxidativo e o fator nuclear kappa B (NFkB)”. Por isso, sempre dizia
aos meus alunos de graduação: se possível, façam iniciação científica! Também
tenho grande experiência em estudos envolvendo seres humanos, que fez parte de
meu mestrado e, agora, de meu doutorado. Bem, te falo mais sobre mim no Programa de Mentoria Acadêmica e Escrita Científica, quando divulgado.
E
o que vamos avaliar? Mensurar? Medir? HUMMM, precisamos falar da citocina
pró-inflamatória (IL-1b).
MATERIAIS
E MÉTODOS
Determinação
de citocina plasmática. A concentração de IL-1β plasmática foi
determinada usando kit multiplex ELISA (Mouse IL-1β ELISA Kit, Sigma-Aldrich),
seguindo os protocolos do fabricante (www.sigmaaldrich.com).
COMENTÁRIOS:
Poderíamos
medir, mensurar, inúmeros marcadores. Todavia, para exemplificar nosso estudo
Fake, selecionei apenas uma citocina plasmática. Lembrem-se, existem inúmeras
citocinas pró-inflamatórias e anti-inflamatórias e, neste caso, a interleucina
1-beta (IL-1b) é inflamatória.
Bem,
para finalizar os materiais e métodos, faltam dois itens: descrever o
procedimento experimental (que faremos na forma de desenho experimental) e
descrever o tratamento ou análise estatística.
MATERIAIS
E MÉTODOS
Desenho
experimental. Os animais são habituados a alodinia mecânica de von Frey por 2
dias consecutivos antes de qualquer experimentação e análises. Os animais não
devem ser submetidos ao esforço físico, portanto, não são animais treinados. No
segundo dia de habituação, é aplicado o CFA (200 µg) no gastrocnêmio dos
animais a fim de provocar a inflamação crônica. Em seguida, ocorre o
procedimento experimental por 7 dias consecutivos, conforme os grupos
randomizados. No último dia da experimentação, os animais são sacrificados por
decapitação e o músculo gastrocnêmio é extraído, sendo que os tecidos são
congelados em nitrogênio líquido e mantidos congelados para análises.
COMENTÁRIOS:
O
procedimento experimental permite entender, obviamente, os procedimentos da
experimentação animal. Quer dizer, o que foi feito? Como foi feito? Quando foi
feito? Onde foi feito? E, até mesmo, porque foi feito? Todavia, o texto, muitas
vezes, necessita de um desenho ou “linha do tempo” para facilitar o
entendimento. Neste caso, podemos chamar a sessão de “desenho experimental”,
onde um texto menor possui auxílio de uma imagem. Por exemplo:
Figura 1: Desenho experimental do estudo sobre os efeitos do DBA em modelo de dor crônica em ratos Wistar.
COMENTÁRIOS:
Observe,
agora, como ficou bem mais fácil de entender o procedimento experimental na
forma de desenho experimental. Lembre-se: neste estudo Fake temos 2 grupos: CFA
(n=6): animais sedentários e com dor crônica induzida por CFA no gastrocnêmio;
e CFA+DBA (n=6): animais sedentários, com dor crônica induzida por CFA no
gastrocnêmio, e suplementação de dibenzalacetona (DBA). Ou seja, um grupo de
dor crônica (nosso grupo controle) seguirá a experimentação (D1 a D6 +
sacrifício no D7), enquanto que outro grupo de dor crônica (nosso grupo
tratado) seguirá a mesma linha do tempo, porém suplementado com DBA (análogo
sintético da curcumina). Esperamos (hipótese) que o DBA reduza a dor nestes
animais, mas o experimento precisa ser realizado para sabermos,
verdadeiramente.
AHHH,
você precisa avaliar as regras da revista que pretende publicar seu
estudo/artigo, pois existem limites para imagens/figuras e gráficos. Alguns,
portanto, não permitirão o desenho experimental, onde deverá descrever apenas o
procedimento experimental.
Importante: a metodologia deve
ser bem detalhada e criteriosa, pois precisa permitir a produtibilidade do
estudo por outros pesquisadores em outros laboratórios. Em outras palavras,
MENTIR aqui será um “BELO TIRO NO PÉ” ou, se preferir, “A MENTIRA TEM PERNA
CURTA”. Ainda, nos materiais e métodos (ou metodologia, em outros estudos) não
é o lugar para inserir resultados, mas apenas descrever os procedimentos
experimentais para obter os resultados.
Quanto
as referências, usar ou não usar? A melhor resposta seria: DEPENDE. Em nosso
exemplo Fake de estudo citei Kotha & Luthria (2019) e Sueth-Santiago et al.
(2015), pois precisava justificar o uso de DBA ao invés de curcumina. Para
tanto, precisava citar referências corroborando com o fato da curcumina
apresentar menor biodisponibilidade e farmacocinética quando comparado ao análogo
sintético (DBA). As referências completas são descritas ao final do
trabalho/artigo, mas deixarei aqui para sanar a curiosidade:
KOTHA,
Raghavendhar R.; LUTHRIA, Devanand L. Curcumin: biological, pharmaceutical,
nutraceutical, and analytical aspects. Molecules. 24, 2930: 2-27, 2019.
SUETH-SANTIAGO,
Vitor et al. Curcumina, o pó dourado do açafrão-da-terra: introspecções sobre
química e atividades biológicas. Quim Nova. 38(4): 438-552, 2015.
Lembre-se:
geralmente utilizamos estudos com 5 anos de defasagem em relação ao seu estudo
atual, exceto em protocolos experimentais e técnicas de laboratório já
consagradas e usualmente utilizadas.
E
a análise estatística? HUMM, agora fica complicado exemplificar, pois lembrem
que se trata de um estudo Fake? Neste caso, não tenho dados científicos para
proceder com análise estatística. De qualquer forma, deixarei apenas um texto
padrão (totalmente Fake) para exemplificar essa sessão.
MATERIAIS
E MÉTODOS
Análise
estatística. Os resultados são apresentados como média±desvio padrão da média
(DP) em todas as variáveis. A significância estatística para o limiar de dor
foi avaliada pelo teste não paramétrico de Kruskal Walis, seguido do teste de
Dwan-Steel-Critchlow-Fligner (DSCF) para investigar as comparações múltiplas. A
análise dos resultados para IL-1b foi realizada por ANOVA de uma via, seguido
pelo teste de Tukey. Um valor de p<0.05 foi considerado estatisticamente
significativo. Foi utilizado o software estatístico (versão 2.2.5) Jamovi
(www.jamovi.org).
COMENTÁRIOS:
O
tratamento ou análise estatística pode ser difícil para muitos
alunos/estudantes, mas é uma etapa fundamental em seu estudo científico. Em
outro momento posso fazer um post sobre Bioestatística Aplicada à Ciência da
Saúde, mas, no momento, resumir:
Primeiro,
precisa verificar se suas variáveis no estudo são qualitativas ou quantitativas.
As qualitativas também são chamadas de categóricas ou atributos (portanto,
dados não numéricos), podendo ser nominais (profissão, sexo, religião, raça,
etc., ou seja, a ordem não importa) ou ordinais (escolaridade, estágios de uma
doença, graus de intensidade, etc., ou seja, a ordem importa). Se suas
variáveis são quantitativas, também chamadas de contínuas, os dados são
numéricos. As variáveis quantitativas podem ser discretas (números inteiros:
número de filhos, número de acessos, número de livros, número de pacientes,
idade, etc.) ou contínuas (qualquer número, resultado de uma medição: peso,
estatura, salário, nível de glicemia, temperatura corporal, etc.).
Segundo,
para variáveis categóricas (qualitativas) pode realizar o teste do qui-quadrado
ou teste exato de Fischer. Para variáveis contínuas (quantitativas) realiza-se
o teste de normalidade, que poderá determinar se um conjunto de dados aleatórios
possuem distribuição normal ou não normal. Para tanto, recorre-se aos testes de
normalidade Shapiro-Wilk ou Kolmogorov-Smirnov. Em seguida, existem vários
testes que podem ser selecionados nos casos de normalidade (paramétrico) ou não
normalidade (não paramétrico), que pode ser resumido abaixo:
Normal: teste t para amostras
independentes, teste t pareado, ANOVA de 1 via, ANOVA de medidas repetidas e
Correlação de Pearson.
Não
Normal:
Mann Writney, Wilcoxon, Kruskal Walis, Friedman e Correlação de Spearman.
Como
foi dito, seria impossível explicar bioestatística básica nesta sessão e,
portanto, vamos continuar nosso artigo científico Fake.
O
que falta? HUMMM, faltam os resultados, a discussão, a conclusão e as
referências.
RESULTADOS
Buenas, é óbvio que não posso apresentar resultados, pois o estudo é
FAKE, falso, não realizado, não publicado. Portanto, cabe apenas algumas dicas:
Dica 1: Nos resultados,
limite-se em apresentar tabelas e gráficos, onde a parte textual será mínima.
Claro, seu estudo pode conter muitas tabelas e gráficos e, portanto, selecione
os mais relevantes, importantes, que possam contribuir com a área de
conhecimento. As tabelas e gráficos devem ter boa resolução, facilitando a
leitura e interpretação por parte do leitor.
Dica 2: Não descreva, aqui,
os procedimentos experimentais, que já foram expostos nos materiais e métodos.
Tratando-se apenas de tabelas e gráficos, não existem referências que possam
ser citadas nessa sessão. Deixe as referências para a discussão, que virá a
seguir.
Dica 3: Para tabelas, não
esqueça do título, que deve ser colocado na parte superior, seguida da tabela
propriamente dita. Por exemplo: Tabela 1 – O efeito da suplementação de DBA
sobre a dor crônica em modelo animal. Determinadas observações, incluindo
siglas, podem ser apresentadas em nota de rodapé na tabela. Para gráficos
(forma de pizza, barras verticais ou horizontais, gráficos de linhas ou
dispersão), a legenda deve ser colocada na parte inferior. Ex.: Figura 1: Alodinia
mecânica de filamentos de von Frey. Os valores são expressos como média±DP do limiar de retirada da pata (g).
n=6 animais/grupo. Diferentes letras indicam as diferenças estatisticamente
significativas entre os grupos (Kruskal Walis/DSCF, p<0.001).
Dica 4: Não coloque tabelas
ou gráficos que não foram descritos nos materiais e métodos do artigo em si,
mesmo que você tenha outros dados. Da mesma forma, você não deve incluir
tabelas e gráficos de resultados preliminares, que não fazem parte do escopo do
artigo em si que pretende publicar. Por fim, não repita os mesmos resultados em
uma tabela e gráfico, ou seja, escolha apenas uma forma de apresentar seus
resultados. AHHH, atente para o número de tabelas ou gráficos permitidos pela
revista que pretende publicar.
DISCUSSÃO
Como estabelecer uma discussão se não temos resultados em um artigo
científico Fake (rs)? Sim, seria inviável. Contudo, como professor de
bioquímica nos últimos 16 anos, consigo exemplificar um texto usando meus conhecimentos
sobre a curcumina, inflamação e dor crônica. Vejamos!
DISCUSSÃO
PRIMEIRO PARÁGRAFO:
Em nosso estudo, os animais do grupo CFA (controle), formados
por animais sedentários e com dor crônica induzida por CFA, apresentaram hiperalgesia
e alodinia mecânica, devido a presença de inflamação no gastrocnêmico com
aumento na produção de IL-1b. A suplementação de DBA, por sua vez, aumentou o
limite de retirada da pata e reduziu os níveis plasmáticos de IL-1b nestes
animais.
COMENTÁRIOS:
Observe
que no primeiro parágrafo estamos respondendo à pergunta de pesquisa, ou seja, a
suplementação de DBA aumenta o limite de retirada da pata (os animais resistem
mais ao estimulo mecânico de dor) e reduz os níveis plasmáticos de IL-1b
(redução da inflamação). Aproveitamos para lembrar que existe um grupo controle
e um grupo tratado. Lembre-se: nosso artigo é Fake.
SEGUNDO E TERCEIRO PARÁGRAFO:
A curcumina é polifenol encontrado no açafrão da Índia, possui
propriedades terapêuticas atribuídas ao efeito anti-inflamatório, via inibição
do NFkB; e antioxidante, via inibição de espécies reativas de oxigênio (ROS, reactive oxygen species) (HEWLINGS &
KALMAN, 2017; HE et al., 2015). No Brasil, a curcumina tem sua maior utilização
como especiaria dietética na culinária, principalmente na forma de pó seco de
coloração amarela (curry) (KOTHA
& LUTHRIA, 2019; SUETH-SANTIAGO et al., 2015). Os efeitos terapêuticos da
curcumina são estudados doença inflamatória intestinal, artrite, pancreatite,
diabetes, doença cardiovascular, doença renal crônica, obesidade, câncer,
doença de Alzheimer e depressão (KUNNUMAKKARA et al., 2017; SUETH-SANTIAGO et
al., 2015).
Entretanto, apesar das inúmeras bioatividades, sua administração
oral possui limitações que impedem seu uso como agente terapêutico. A primeira
limitação se dá pela sua baixa solubilidade em água, prejudicando, assim, sua
absorção intestinal. A segunda se deve a degradação da curcumina no tecido
hepático, diminuindo sua forma ativa na circulação sistêmica. Quer dizer, a
administração oral do polifenol sofre metabolização hepática em reações de fase
2 (conjugação de glicuronidação e sulfatação) com formação de metabólitos
excretados na urina (KOTHA & LUTHRIA, 2019; SUETH-SANTIAGO et al., 2015).
Dessa forma, para melhorar a farmacocinética e farmacodinâmica da curcumina,
usamos seu análogo sintético: dibenzalacetona (DBA) (NIH, 2022; SUETH-SANTIAGO
et al., 2015). DBA foi administrado via oral (gavagem) a fim preservar o
processo biológico natural de absorção gastrintestinal. Todavia, usamos como
veículo lipossomas, que são vesículas com bicamada fosfolipídica que atua como
carreador do polifenol, otimizando sua absorção intestinal. Além disso, o
análogo sintético consegue contornar a metabolização hepática, garantindo a
forma ativa na circulação sistêmica e a distribuição da substância aos tecidos.
COMENTÁRIOS:
No
segundo e terceiro parágrafo, apresentamos o conhecimento novo, inédito,
desconhecido de todos. Este conhecimento, por sua vez, motivou à pesquisa. Quer
dizer, DBA reduz a dor nos animais, mas precisa ser administrado via oral
(gavagem) e em lipossomas (vesículas com bicamada de fosfolipídeos). Neste
parágrafo, já aproveitamos para mostrar que somos conhecedores do assunto:
curcumina. O texto deve altamente referenciado. Novamente, nosso estudo é Fake,
embora os mecanismos aqui elucidados possuem bases acadêmicas. Aqui optei por
dois parágrafos, mas pode ser mais ou menos, dependente da “densidade” e
“complexidade” do assunto.
QUARTO PARÁGRAFO:
Acreditamos que os resultados obtidos neste estudo se devem a
inibição do fator nuclear kB (NFkB) e das vias da proteína quinase ativada por
mitógeno (MAPK) pelo DBA. NFkB é um complexo citossólico inativo, composto
pelas subunidades p50/p65, ligados a proteína IkB (GLEZER, 2000). O NFkB está
envolvido na atrofia muscular, miopatias inflamatórias adquiridas, sarcopenia e
sepse (THOMA & LIGHTFOOT, 2018). Após sua ativação, a proteína IkB é
fosforilada e direcionado ao proteossoma, enquanto que o dímero p50/p65 se
desloca ao núcleo celular, onde se ligam ao sítio kB no DNA (MITCHELL, 2016;
LAWRENCE, 2009; GLEZER, 2000). Ocorre, então, indução de citocinas
pró-inflamatórias, como a interleucina-1b (IL-1b) (LAWRENCE, 2009; GLEZER,
2000). Ao mesmo tempo, MAPK induz alteração em neurônios motores com presença
de hiperalgesia, mediado pela quinase regulada por sinal extracelular (ERK); e
alodinia, mediado pela quinase terminal C-Jun (JNK), após lesão (JEON et al.,
2013). Sendo assim, os menores níveis de IL-1b e o alívio da dor crônica nos
animais deste estudo tem relação com a inibição do NFkB e das vias MAPK/ERK/JNK
pelo DBA.
COMENTÁRIOS:
No
quarto parágrafo, trouxe fatos conhecidos, que poderiam justificar nossos
achados. Neste sentido, podemos estabelecer comparações com a literatura. Ou
seja, os mecanismos de ação e respostas fisiológicas do NFkB, MAPK e ERK/JNK já
são conhecidos e documentados. A novidade, portanto, se mantém: DBA reduz
inflamação (reduz IL-1b e causa alívio da dor crônica) em modelos animais via inibição
do NFkB e das vias MAPK/ERK/JNK. Pessoal, lembrem-se: EU não sei se DBA faz
isso (rs), pois é um estudo Fake, baseado em “falácias lógicas”. Existem
estudos sobre os mecanismos da curcumina modulando essas vias de sinalização
celular (PATEL et al., 2020; SHEHZAD & LEE, 2013), mas desconheço estudos
sobre ação do DBA nestas vias (faça a pesquisa e, se fizer, me convide, rs).
Certamente os caminhos do NFkB e sua relação com MAPK/ERK/JNK existem, mas o
papel do DBA aqui é meramente especulativo para ilustrar um exemplo de
discussão.
QUINTO PARÁGRAFO:
Nosso
estudo, contudo, possui limitações. Primeiro, não foram avaliados os níveis de
MAPK/ERK/JNK, onde o alívio da dor crônica, avaliado pelo teste de alodinia
mecânica com filamentos de von Frey nos animais, pode ocorrer por outras vias. Segundo,
não avaliamos os níveis de citocinas anti-inflamatórias, por exemplo, interleucina-10
(IL-10), portanto, não podemos estabelecer um “status” pró-inflamatório e
anti-inflamatório. De qualquer forma, este é o primeiro estudo que avalia o
efeito inibitório do NFkB com a suplementação de DBA, embora mais estudos sejam
necessários para elucidar os diferentes caminhos metabólicos responsáveis pelo
efeito antinociceptivo e analgésico em modelo de dor crônica.
COMENTÁRIOS:
No
quinto parágrafo, podemos generalizar o assunto e, até mesmo, deixar sugestões
para pesquisas futuras. Outros autores preferem apontar as limitações do
estudo, pois todos os estudos possuem “prós” e “contras”. Optei por vários
desfechos no último parágrafo. Primeiro, relatei que o estudo possui limitações
e estou ciente disso. Segundo, não podemos desmerecer o estudo, pois é o
primeiro que avalia essa novidade. E, terceiro, terminei com a frase clichê:
mais estudos são necessários (...).
Observe,
então, que a discussão é semelhante à introdução, mas ao contrário. Como assim
professor? Vejam, na introdução tínhamos 4 (ou 5) parágrafos. No primeiro,
deveríamos generalizar o assunto. No segundo, faríamos comparação com fatos
conhecidos. No terceiro, acrescentaríamos fatos inéditos ou desconhecidos. E,
no último, falaríamos dos objetivos ou da pergunta de pesquisa, que precisaria
ser respondida. Já na discussão, podemos usar a mesma estratégia (4 ou 5
parágrafos), mas ao contrário. Quer dizer, no primeiro precisamos responder à
pergunta de pesquisa. No segundo e no terceiro parágrafo vamos trazer o
conhecimento novo, um fato que as pessoas desconhecem. No quarto parágrafo, partimos
para a comparação com a literatura (muitas referências vão “rolar”), onde já
existem fatos conhecidos e documentados. Por fim, no último parágrafo vamos
generalizar o assunto, trazer as limitações e sugestões para novas pesquisas.
Um
erro bastante comum é discutir dados que não foram apresentados nos resultados
e, tão pouco, nos materiais e métodos. Já assisti muitas bancas de TCC,
dissertação de mestrado e teses de doutorado. Aliás, já fui orientador em graduação
e pós-graduação, onde orientei 60 trabalhos de conclusão de curso (TCC) entre
2008 e 2020. Portanto, posso afirmar: não faça isso! Obviamente, os alunos
possuem muitos dados, afinal foram meses e meses de pesquisa, mas só discuta o
que realmente apresentou nos resultados.
Outro
erro, não tão comum, mas presente: estabelecer discussões sem as devidas
referências. Lembre-se: aqui não é o lugar para Fake News (embora nosso estudo
seja Fake no sentido de ensinamento), “fofocas” ou “bate-boca”. O mesmo tempo,
não tire conclusões precipitadas, criando grandes perspectivas e ilusões que
somente você enxerga. Limite-se, portanto, os dados obtidos em sua pesquisa.
Por
fim, se a revista permitir, poderá incluir uma figura ou representação
esquemática do efeito antinoceptivo e analgésico do dibenzalacetona (DBA) em
modelo de dor crônica em ratos Wistar, por exemplo. Muitos estudos,
especialmente nas áreas de saúde e ciências biológicas, apresentam figuras
fantásticas (EU, particularmente, sempre gosto de criar minhas próprias figuras
bioquímicas). Neste caso, seria uma figura de autoria própria, respeitando as
limitações impostas pela revista.
CONCLUSÃO
Por
fim, vamos à conclusão que, obviamente, só poderá ser FAKE.
DISCUSSÃO
A suplementação do análogo sintético da curcumina, o dibenzalacetona
(DBA), possui efeito antinoceptivo e analgésico em modelo de dor crônica em
ratos Wistar.
COMENTÁRIOS:
Repito:
o estudo é FAKE, portanto, a conclusão é FAKE.
REFERÊNCIAS
Por
fim, só falta inserir as referências, que utilizou em nosso estudo Fake. Vou
exemplificar três formas, mas a regra é simples: siga as normais das revistas!
Como
referenciar um livro?
WOLINSKY, Ira; HICKSON,
James F. Nutrição no Exercício e no
Esporte. São Paulo: Editora Roca, 1996.
OU:
WOLINSKY, Ira; HICKSON,
James F. Nutrição no Exercício e no
Esporte. São Paulo: Editora Roca, 1996.
Como
referenciar um site?
ANVISA - Agência
Nacional de Vigilância Sanitária. Portaria n°398 de 30 de abril de 1999.
Disponível em: <https://bvsms.saude.gov.br/bvs/saudelegis/anvisa/1999/prt0398_30_04_1999.html>
Acesso em: 24.04.2022.
Como
referenciar um artigo?
GREGORY, N. et al. An
overview of animal models of pain: disease models and outcome measures. J Pain. 14(11): 1-26, 2013.
OU:
GREGORY, N. et al. An
overview of animal models of pain: disease models and outcome measures. J Pain. 14(11): 1-26, 2013.
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