quinta-feira, 9 de setembro de 2021

 


Como funciona a vacina da Pfizer-BioNTech na Covid-19?

 

Olá, tudo bem? Eu, como muitos brasileiros, fui vacinado com a vacina Pfizer-BioNTech e, como professor de bioquímica, pensei: “Que biotecnologia moderna, bioquimicamente fascinante e assustadoramente inovadora”. Deixa-me explicar: Biotecnologia moderna porque usa a plataforma de RNA mensageiro (mRNA). Bioquimicamente fascinante porque nos remete aos conhecimentos dos processos de transcrição gênica e síntese proteica. E assustadoramente inovadora porque é um marco histórico nas imunizações podendo, inclusive, revolucionar o futuro da relação saúde e doença. Ao mesmo tempo, vejo influenciadores digitais (ou melhor, DESinfluenciadores digitais) afirmando que as vacinas de mRNA (Pfizer-BioNTech e Moderna) e vacinas de vetores virais (AstraZeneca/Oxford/Fiocruz) seriam tóxicas ao organismo, inclusive capazes de causar mutações em nosso DNA nuclear, doenças autoimunes e autismo. Sendo assim, nota-se que existem muitas dúvidas que merecem ser elucidadas sobre o assunto.  

Com base nisso, surgem as perguntas: Como funciona a vacina Pfizer-BioNTech? Qual seu mecanismo de ação no organismo? Qual sua eficácia após a primeira e a segunda dose? Qual intervalo ideal entre as doses? Após vacinado, quanto tempo dura a proteção do imunizante? Existem efeitos adversos documentados com sua aplicação? Quais são as reações comuns e incomuns? Por estimular a produção da proteína Spike (proteína S) do SARS-CoV-2, essas vacinas causam toxicidade? As vacinas de mRNA podem causar mutações gênicas? Injetar o novo coronavírus em nossos corpos não iria alterar nosso DNA, causando câncer e doenças auto-imunes no futuro? Essas vacinas causam autismo? E os relatos de miocardite e pericardite, o que se sabe? A resposta vacinal é igual em todas as faixas etárias? Crianças e adolescentes podem receber a vacinação? Grávidas podem ser vacinadas? Quem já teve Covid-19 não deveria se vacinar, pois já tem imunidade natural?

Como foi dito, são MUITAS dúvidas (algumas sem respostas), mas consigo colaborar com o esclarecimento de algumas neste “textão”. Aliás, o “textão” aproxima a linguagem científica ao público leigo, pois conhecimento científico entre quatro paredes não tem serventia. Todavia, o mesmo tem forte apoio na fisiologia, bioquímica e imunologia e, dessa forma, a leitura pode não ser acessível a todos. Espero, contudo, vencer a linguagem científica rebuscada para atingir um grande número de leitores. Boa leitura!

 

Introdução

As empresas farmacêuticas Pfizer, com sede em New York, nos EUA; e BioNTech, com sede em Mainz, na Alemanha, se uniram para desenvolver uma vacina gênica chamada BNT162b2 contra a Covid-19, embora comumente referida de “vacina Pfizer”.

A empresa americana Pfizer existe desde 1849 e está presente no Brasil desde 1952, trazendo medicamentos e promissoras vacinas para as doenças que acometem a humanidade (www.pfizer.com.br). A BioNTech, por sua vez, foi fundada em 2008 por um casal de universitários alemães: Ugur Sahin e Ozlen Tureci. Trata-se de uma empresa de imunoterapia e pioneira nas terapias para o câncer (www.biotech.de).

A vacina Pfizer-BioNTech torna-se um marco histórico na imunização e combate a Covid-19, pois é a primeira vacina aprovada com plataforma de RNA mensageiro (mRNA) no mundo. O que isso quer dizer? Bem, alguns negacionistas e antivacinas diriam que “somos cobaias de um grande experimento”, mas se estudassem um “pouquinho” saberiam que as tecnologias de vacinas de mRNA são estudadas desde 1990. O obstáculo, contudo, era preservar a molécula de mRNA (que é instável), mas isso foi revertido, como veremos. A vacina Pfizer/BioNTech atende os requisitos de segurança, qualidade e eficácia, justificando seu uso na população. Aliás, no dia 23 de fevereiro de 2021, a Agência Nacional de Vigilância Sanitária (ANVISA) concedeu o registro definitivo da vacina Pfizer-BioNTech para prevenção da Covid-19.

Mesmo com a conclusão dos estudos de fase 3 (com mais de 43 mil voluntários) da vacina Pfizer/BioNTech, mostrando a eficácia global de 95% com as duas doses do imunizante, alguns ainda argumentam: “Essas vacinas só servem para enriquecer as indústrias farmacêuticas multibilionárias, elas não salvam pessoas”. Beleza, podemos falar de números, afinal não sou advogado de defesa da empresa. Segundo site oficial da Pfizer (www.pfizer.com.br), seu faturamento mundial, em 2018, foi de US$ 53,6 bilhões. No Brasil, o faturamente foi de R$ 6 bilhões. Ao mesmo tempo, a Pfizer investiu US$ 8 bilhões anuais em pesquisa e desenvolvimento de medicamentos e vacinas neste período. De acordo com a Agência Italiana de Notícias (ANSA Brasil), a Pfizer prevê encerrar 2021 com com US$ 26 bilhões de faturamento com a venda da vacina anti-Covid. A receita anual da Pfizer, portanto, deve fechar em US$ 72,5 bilhões em 2021 (www.ansabrasil.com.br). Da mesma forma, o faturamento da BioNTech também foi impulsionado na pandemia, em 2019, com a elaboração da vacina anti-Covid (www.ictq.com.br). Outros dados (www.npr.org) mostram investimentos verdadeiramente colossais, por parte dos Estados Unidos, para auxiliar na produção de vacinas, na ordem de US$ 2 bilhões. Então, sim, as grandes empresas farmacêuticas não são entidades de caridade ou beneficientes, mas isso significa que tais vacinas são inúteis e foram criadas apenas para exterminar a população mundial? Aliás, a “Big Pharma” também faturou mais de R$ 1 bilhão com “kit covid” (aqueles medicamentos polêmicos sem comprovação científica) e, dessa forma, porque criticar apenas as vacinas (https://valorinveste.globo.com)?

Com base nisso, vamos refletir: Na história da humanidade, a vacinação é a intervenção de saúde pública que visa prevenir a propagação de uma doença infecciosa ou foi criada para exterminar a população de tempos em tempos? Não foram as campanhas de vacinação que erradicaram doenças, como a varíola? No Brasil, a vacinação não erradicou a poliomielite (paralisia infantil)? Quantas mortes foram evitadas com vacinação e as campanhas de vacinação em várias regiões brasileiras? Os movimentos antivacinação estão preocupados com o lucro das grandes empresas farmacêuticas ou preocupados com os possíveis efeitos colaterais das vacinas atuais na Covid-19? Os chamados antivacinas estão preocupados em salvar vidas ou em ganhar “likes” nas redes sociais? Aqueles que se denominam antivacinas são os mesmos que defendem tratamentos sem comprovação científica? Quais são os verdadeiros interesses dos movimentos antivacinas? Essas pessoas sempre foram antivacinas ou apenas durante a pandemia de Covid-19? Os filhos dessas pessoas não devem se vacinar (possivelmente), mas seus pais não foram vacinados na infância? Vacinação é um ato individual ou um ato coletivo da humanidade?

Enfim, saímos da introdução (reflexiva) para o “textão” técnico-científico que, para facilitar o entendimento (e devido aprofundamento) será dividido em duas partes. Segue, portanto, a “Parte 1”.

PARTE 1:

A vacina Pfizer/BioNTech é aplicada no músculo deltóide (portanto, intramuscular) e traz um “pedaço” do RNA viral, contido em nanopartículas lipídicas. O “pedaço” de mRNA viral permite a produção da proteína Spike (proteína S) do SARS-CoV-2 na superfície de nossas células, o que estimula o sistema imunológico contra o novo coronavírus, responsável pela Covid-19. Peraí, STOP! Antes de entender com profundidade este assunto e o mecanismo da vacina Pfizer-BioNTech, você precisa conhecer (ou relembrar) isso aqui:  

Dogma Central da Biologia Molecular

O Dogma Central da Biologia Molecular, proposto com Francis Crick em 1958, diz:

“O DNA dirige a sua própria replicação e a sua transcrição para produzir RNA, o qual dirige a sua tradução para formação de proteínas”.

Em linhas gerais, nosso DNA (ácido desoxirribonucleico) pode se replicar numa reação catalisada pela DNA polimerase para dar origem a novas moléculas de DNA e pode ser transcrito para RNA (ácido ribonucleico) pela RNA polimerase, isto é, ocorre transferência de informações codificadas do DNA ao RNA. O RNA, por sua vez, traduz o código genético em proteínas específicas. Neste sentido, preste atenção: a transcrição gênica é um processo nuclear (onde as informações do DNA são repassadas ao RNA) e a tradução gênica é um processo citoplasmático (onde as informações do RNA dão origem as proteínas específicas recém-sintetizadas). Entretanto, este processo é um pouco mais complexo e merece maiores detalhes. Para tanto, vamos conhecer o DNA e RNA.

  

O ácido desoxirribonucléico (DNA)

O ácido desoxirribonucleico (DNA) é um composto orgânico que contém nossas informações genéticas, sendo formado por nucleotídeos. Cada nucleotídeo é formado por uma molécula de ácido fosfórico (P), uma pentose (“açúcar”) e uma base nitrogenada. As bases nitrogenadas do DNA podem ser bases purínicas (ou seja, contém A = adenina; e G = guanina) e bases pirimídicas (ou seja, C = citosina; e T = timina). O DNA está localizado no núcleo celular. Em suma, as bases nitrogenadas do DNA podem ser AGCT.

Watson e Crick, em 1953, propuseram que o DNA se apresentava como uma estrutura molecular em dupla-hélice, onde os nucleotídeos (AGCT) se dispõem em torno deste eixo. A união dessas bases nitrogenadas, entre as duas estruturas primárias do DNA, se dá por pontes de hidrogênio, onde T se combina com A (T=A) e vice-versa; bem como C se combina com G (C=G) e vice-versa. Forma-se, então, uma estrutura espiralada do DNA (dupla-hélice). Neste sentido, uma sequência TCAGTG do DNA teria como lado complementar a sequência AGTCAC, capitche?

O mecanismo de duplicação do DNA não é o interesse deste “textão”, justamente porque a biotecnologia da vacina Pfizer-BioNTech usa o mRNA e não DNA. Ao mesmo tempo, torna-se importante trazer essa rápida explicação, onde muitos já perceberam que as vacinas gênicas não poderiam alterar o DNA, já que o sentido do processo biológico é no DNA para mRNA (e não o contrário) (Ops, deu para entendeu “senhor doutor” antivacina?).

 

O ácido ribonucléico (RNA)

A molécula de DNA se abre por ação da DNA polimerase, onde ocorre a quebra das pontes de hidrogênio entre as bases nitrogenadas (AGCT). Ao mesmo tempo, a DNA ligase vai “ligando” ou “colando” um novo grupo dos nucleotídeos, que se pareiam aos nucleotídeos expostas da molécula-mãe. Forma-se, então, duas moléculas de DNA. O DNA, portanto, coordenam o desenvolvimento e funcionamento de todos os seres vivos, transmitindo as características hereditárias de cada ser vivo. E, nesse ponto, precisamos conhecer o RNA.

Além da duplicação (replicação), o DNA pode sintetizar o RNA. O RNA, por sua vez, também possui nucleotídeos, mas não contém T (timina). Ou seja, o RNA contém A (adenina), G (guanina), C (citoina) e U (uracil), onde o T (timina) foi substituído por U (uracil). Em suma, no RNA temos bases de purinas (A e G) e pirimidinas (C e U), ou seja, AGCU (lembre-se: no DNA temos AGCT).

Vamos resumir? Olha só; uma sequencia de DNA poderia ser TCAGTG, mas no RNA teríamos UCAGUG, onde U (uracil) estaria no lugar de T (timina). Todavia, essa não é a única diferença. A molécula de RNA não possui dupla-hélice, mas, sim, apenas uma cadeia linear de nucleotídeos. Além disso, o pareamente de nucleotídeos na fita de RNA depende da RNA polimerase.

Confuso? Peraí, ainda vai piorar um “pouquinho” antes de “sol raiar” (rsrs). A síntese de RNA ocorre a partir do DNA nuclear (transcrição gênica), onde a síntese de proteínas específicas (tradução gênica) depende do mRNA. Todavia, o processo é fascinante e complexo, pois entram nessa conversa, além do RNA mensageiro (RNAm), outros RNAs: o RNA ribossômico (RNAr) e RNA transportador (RNAt). Para entendê-los, seguimos com a síntese proteica.

 

A síntese proteica

A síntese proteica é um processo biológico complexo e, para facilitar o entendimento, faremos inicialmente uma breve analogia (espero que gostem, pois eu gostei).

Digamos que exista uma grande empresa que produz AUTOMÓVEIS. Nessa empresa, o organograma hierárquico diz que existe o DIRETOR (ou chefe), o GERENTE (ou braço direito do chefe), o CONSULTOR TÉCNICO (ou supervisor), o ASSISTENTE e inúmeros FUNCIONÁRIOS (mecânicos).

O DIRETOR, obviamente, representa a figura máxima e permanece fechado em sua sala da direção, apenas atendendo ligações e dando ordens em sua poltrona confortável. Ele não precisa sair de sua sala, com ar condicionado, para repassar pessoalmente suas ordens, pois ele conta com seu braço direito: o GERENTE. Este, o gerente, é um líder e, como tal, recebe a mensagem a ser repassada para a equipe, garantindo a produção de um automóvel de forma rápida e eficaz. A empresa, todavia, é muito grande para o gerente percorrer tudo sozinho. Neste caso, o gerente repassa suas ordens ao CONSULTOR TÉCNICO. Este, o consultor ou supervisor, recebe, visualiza e viabiliza o processo. Para tanto, ele também repassa informações ao ASSISTENTE, que se reune com os FUNCIONÁRIOS. Os funcionários, por fim, executam a tarefa da melhor forma possível, pois assim a empresa pode crescer e, dessa forma, o emprego de todos está garantido (o salário no final do mês pode ser “gordinho” se todos os colaboradores fizeram corretamente suas tarefas). A engrenagem industrial desta empresa funciona muito bem, onde todos os colaboradores sabem o que deve ser feito. Em outras palavras, a estrutura organizacional desta empresa é excelente e o automóvel (que é o produto final) é entregue, dentro do prazo, sem problemas técnicos, ao consumidor.  

Espero que o exemplo acima tenha sido agradável, pois agora vamos ao mundo biológico real. O DIRETOR é nosso DNA, que envia suas ordens ao GERENTE. O gerente, neste caso, é o mRNA. Este traduz a mensagem codificada e, agora, entram em ação o CONSULTOR TÉCNICO (que é o RNA ribossômico ou rRNA) e o ASSISTENTE (que é o RNA transportador ou tRNA). E os FUNCIONÁRIOS? Estes seriam as inúmeras cascatas de proteínas responsáveis pela geração do produto final, ou seja, uma resposta fisiológica esperada (por exemplo, a síntese de proteínas específicas). Percebeu a complexidade do processo biológico? Resumidamente teríamos: DNA >>> mRNA >>> ribossomos, rRNA e tRNA >>> cascata de proteínas >>> resposta fisiológica. Tenho certeza que cada professor tem seu próprio exemplo para explicar a síntese proteica, mas gosto de criar minhas próprias analogias.  

Agora, para finalizar a “Parte 1”, só falta entender o que é “CÓDON” e “ANTICÓDON”. O mRNA é produzido a partir do DNA e possui a “mensagem” do DNA, que é apresentada em um conjunto de três bases nitrogenadas, chamada de CÓDON. Esse códon permite, futuramente, determinar os aminoácidos específicos para a produção de uma nova proteína. Em outras palavras, um códon é uma trinca de bases nitrogenadas do mRNA, que codifica um aminoácido. Confuso? Peraí, vamos ao exemplo:

Uma sequência de bases nitrogenadas no DNA no sentido TTT-TCT-AAA-GAC poderia dar origem a uma sequência de bases nitrogenadas no mRNA do tipo AAA-AGA-UUU-CUG. Aí vem a parte divertida: a trinca AAA do mRNA dá origem ao aminoácido lisina (Lys); a trinca AGA corresponde a arginina (Arg); a trinca UUU reflete a fenilalanina (Phe); e trinca GAC implica no aminoácido leucina (Leu). Este é apenas um exemplo, pois existem muitas trincas e, portanto, muitas possibilidades que correspondem aos aminoácidos específicos. Bahhh, professor, e como tu sabe que trinca corresponde ao aminoácido específico? Bem, isso está nos livros de biologia e bioquímica básica, por exemplo, onde você não precisa “decorar” nada. Futuramente posso trazer uma tabela deste código genético universal, mas o objetivo aqui é apenas explicar o que seria códon. Ahhh, faltou o anticódon. Então, vamos lá.  

Lembra-se do tRNA (RNA transportador)? Pois bem, o tRNA tem a capacidade de transportar aminoácidos específicos, unindo seu anticódon ao códon do mRNA. Anticódon, portanto, é a denominação dada a cada trinca de nucleotídeos complementares às tríades de nucleotídeos encontrados no mRNA. Já o rRNA (RNA ribossômico), ligado aos ribossomos no citoplasma celular, consegue traduzir a “mensagem”, que diz a sequência de aminoácidos para a formação de uma proteína específica. OK, vamos exemplificar, novamente, para facilitar o entendimento:

Uma sequência de bases nitrogenadas no DNA (TTT-TCT-AAA-GAC) dá origem a uma sequência de bases nitrogenadas no mRNA (códon): AAA-AGA-UUU-CUG. A sequência de bases nitrogenadas no tRNA (anticódon), portanto, seria: UUU-UCU-AAA-GAC.

Enfim, chegamos ao final da “Parte 1” e podemos concluir:

As proteínas são formadas por vários aminoácidos, ligados entre si por ligações peptídicas. A síntese proteica é um processo citplasmático, que depende do mRNA (com a mensagem codificada) e os coadjuvantes (ribossomos, rRNA e tRNA), por assim dizer. Os ribossomos possuem duas subunidades, uma maior e outra menor. Na parte menor, liga-se a fita de mRNA. O tRNA, por sua vez, carrega os aminoácidos até o ribossomo, que interage na subunidade maior. O aminoácido que chega ao ribossomo deve ser reconhecido pelo códon do mRNA, onde é codificada a mensagem (sequência correta dos aminoácidos na proteína). Para tanto, os ribossomos deslizam sobre a fita de mRNA, reconhecendo os aminoácidos e sintetizando proteínas. Esse processo é conhecido como tradução gênica. BINGO: as trincas de bases nitrogenadas (códon) da origem a um aminoácido que, por combinação, forma um polipeptídeo (proteína). Quer dizer, quando vários aminoácidos estiverem ligados entre si por ligações peptídicas, teremos uma proteína.    

A explicação acima pode parecer um tanto confusa no momento, mas é fundamental seu entendimento para explicar, na “Parte 2”, como funciona a vacina Pfizer-BioNTech. Aliás, a explicação é igualmente fundamental para derrubar discursos infantilóides e irracionais dos movimentos antivacinação, mas aí esperem a “Parte 2” neste Blog.

Se gostou, compartilhe, desde que citada a fonte. Obrigado!

JOELSO PERALTA

Professor, Palestrante, Nutricionista Clínico e Esportivo, Mestre em Ciências Médicas e Doutorando em Farmacologia e Terapêutica pela UFRGS